“Mios Phoemas”, de Sara Margarida Francisco: uma viagem poética pela jornada humana.

No dia 23 de março, os amantes da poesia foram agraciados com o lançamento do livro “Mios Phoemas” de Sara Margarida Francisco, uma obra que promete encantar e emocionar os leitores com seus versos inspiradores. Inspirado por grandes nomes da literatura portuguesa, como Ari dos Santos e Natália Correia, este livro marca não apenas uma estreia literária, mas também a consolidação do talento poético de uma autora em ascensão.

Fonte: Cristina Cargaleiro.

Sara Margarida Francisco, natural de Queluz, desde cedo nutriu um amor pela literatura, uma paixão que foi cultivada e incentivada por seus familiares. Graduada em Línguas, Literaturas e Culturas pela Universidade Nova de Lisboa, a autora traz em sua bagagem experiências enriquecedoras, incluindo um período de vivência em França. Atualmente, além de se dedicar à escrita, Sara é professora, uma profissão que certamente influencia sua percepção do mundo e se reflete em sua obra.

Editado pela renomada Editora Cordel de Prata, “Mios Phoemas” é uma coletânea de 50 poemas que mergulha nas profundezas da jornada humana, especialmente na vida de uma mulher em sua busca por autodescoberta pessoal e poética. Os versos de Sara Margarida Francisco transmitem perceções sobre a vida, o amor e a luta de uma forma artística e cativante, tocando o coração dos leitores com sua sinceridade e sensibilidade.

Um dos aspetos mais comoventes deste lançamento é a dedicação do livro ao amigo de longa data da autora, João. O primeiro poema da coleção, escrito em 2013, é uma homenagem a esse amigo, ressaltando a importância das relações humanas e das conexões que moldam nossa existência.

Para Sara Margarida Francisco, a música é sua maior inspiração, um fio condutor que permeia cada verso e dá vida às suas emoções mais profundas. Os temas centrais desta antologia são o crescimento pessoal e o amor, explorados de maneira íntima e reflexiva, convidando os leitores a uma jornada de autoconhecimento e contemplação.

Antes mesmo do lançamento de “Mios Phoemas”, Sara já havia deixado sua marca no cenário literário ao publicar alguns de seus poemas no jornal “Nova em Folha”, evidenciando seu talento e sua voz única.

Com “Mios Phoemas”, Sara Margarida Francisco firma-se como uma voz promissora na poesia contemporânea, oferecendo aos leitores uma obra que não apenas encanta, mas também provoca reflexões sobre a vida, o amor e a essência humana. Este livro promete conquistar um lugar especial nas estantes dos amantes da poesia, convidando-os a mergulhar em um universo de emoções e significados.

Numa entrevista posterior à autora tive o prazer de poder aprofundar um pouco a experiência da autora no processo de elaboração e publicação do livro.

O que esperas que os leitores retirem da tua obra?

O que espero é que os leitores se identifiquem um pouco com as experiências que eu relato nos meus poemas. A escrita desses poemas foi uma autodescoberta para mim, e eu sinto que a sua leitura também pode ser para muitos leitores. Espero que os poemas os levem a refletir e questionar sobre aquilo que sentem ao passar por determinadas situações.

Em que momentos da tua vida te sentes mais inspirada para escrever?

Eu sinto-me muito inspirada para escrever principalmente à noite e quando estou sozinha. São momentos de reflexão profunda, em que muitas vezes aproveito para fazer anotações durante passeios solitários.

Como lidas com o bloqueio de escritora?

Eu geralmente não nego a existência desses bloqueios, eles fazem parte da minha vida também. Tento motivar-me a escrever, mas não me obrigo se não tenho vontade. Escrevo quando sinto que necessito, e eventualmente esses momentos surgem.

Que desafios enfrentaste no processo de publicação do livro?

O maior desafio foi o receio de publicar, o medo do desconhecido e de como a minha obra seria recebida. Tive receio do que os outros pudessem achar e de possíveis interpretações negativas. Além disso, entrar no mundo editorial como jovem escritora foi desafiador, com todas as questões de visibilidade e reconhecimento.

Que conselhos dás para os jovens poetas que estão agora a começar?

O meu conselho é não mentir e não desistir. É normal errar, e é através dos erros que aprendemos e melhoramos. É importante continuar a trabalhar e ter pessoas ao nosso redor que nos apoiam. Mesmo nos momentos mais difíceis, é essencial continuar a lutar pelos nossos sonhos.

Este artigo de opinião é da pura responsabilidade da autora, não representando as posições do desacordo ou dos seus afiliados.

Escrito por: Cristina Cargaleiro.

Editado por: Marta Ricardo.

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