Apresentação do Festival da Canção 2024

Dia 18 de janeiro decorreu no Musicbox, em Lisboa, a apresentação oficial à imprensa da edição de 2024 do mais duradouro programa de entretenimento da RTP, o Festival da Canção. Estiveram presentes todos os compositores e intérpretes a concurso este ano, exceto Leo Middea que esteve apenas remotamente, por videochamada, no evento. Foram reveladas algumas informações importantes sobre os espetáculos, assim como as canções que este ano se apresentam no certame.

O Festival da Canção celebra 60 anos e, para sublinhar isso mesmo, foram prometidas surpresas na apresentação à imprensa, em especial nas semifinais como nos revelou José Fragoso, diretor de programas da RTP 1.

O concurso dá continuidade ao formato dos últimos anos com duas semifinais que decorrem nos dias 24 de fevereiro e 2 de março e com a Grande Final onde se irá apurar o vencedor a 9 de março. Os apresentadores da final foram já revelados e demonstram também a continuidade do trio na apresentação que se mantém desde 2019 nessa fase da competição: Filomena Cautela, Vasco Palmeirim e Inês Lopes Gonçalves. Inês Lopes Gonçalves é a única apresentadora que estará presente nos 3 espetáculos, na Green Room, o espaço onde os artistas esperam para atuar e pelos resultados das votações. Lá, são também abordados para dar entrevistas à apresentadora ou para participar em certos segmentos do programa.

Filomena Cautela, Vasco Palmeirim e Inês Lopes Gonçalves (Fonte: RTP)

Todos estes espetáculos vão decorrer, como acontece desde 2021, no Estúdio 1 da RTP, em Lisboa. Desde que a pandemia de Covid-19 obrigou o Festival da Canção a realizar a final à porta fechada que esta tendência não se inverteu, muito embora haja vontade, apurada pelo desacordo, para que isso mude num futuro próximo. Sabemos mesmo que estava nos planos da direção do Festival que a saída dos estúdios da RTP pudesse acontecer ainda este ano, contudo, é evidente que tal não foi possível.

Contactámos, através de profissionais que nos foram indicados para o efeito nesta conferência de apresentação, Gonçalo Madaíl, diretor do Festival da Canção, para tentar entender porque não foi este ano que se concretizou o objetivo de retomar este projeto de descentralização do Festival, mas, à data da escrita deste artigo, não obtivemos qualquer resposta.

Cada semifinal é constituída por 10 das 20 canções a concurso. A votação final será resultante da votação de um júri profissional e do público, com uma ponderação de 50% cada. Após a divulgação dos cinco finalistas iniciais, o poder de voto regressa inteiramente ao público. Os espetadores terão a oportunidade de salvar um sexto concorrente. Pouco antes do encerramento de cada semifinal, o tele voto será reaberto por breves momentos, permitindo ao público eleger mais uma canção para se juntar à Final.

Teremos, por isso, uma final com 12 canções que anseiam representar Portugal no Festival Eurovisão da Canção, em Malmö (dias 7, 9 e 11 de maio).

Todos os compositores selecionados para participar no Festival da Canção 2024 tomaram as rédeas das suas criações e subirão ao palco enquanto intérpretes. Apenas os No Maka pediram a Ana Maria que se juntasse a eles em palco para ser a vocalista da canção “Aceitar”.

É de sublinhar que a livre submissão contou com o número recorde de 807 canções. Destas, foram selecionadas 6 para se juntarem aos compositores convidados pela RTP/Antena 1.

Intérpretes do Festival da Canção 2024 (Fonte: RTP)

A Antena 1 vai adotar uma programação especial, visto ser a rádio oficial do evento, dando a ouvir nas suas emissões as canções a concurso, produzindo podcasts que mostram os bastidores do Festival da Canção, assim como 10 episódios em podcast e antena de um programa que vai contar a história da política e sociedade portuguesas representadas no Festival.

Depois das semifinais e da final, a Antena 1 vai fazer um pós show, entrevistando os artistas que participam nos vários espetáculos e tendo um painel de convidados para comentar o programa, à semelhança do que aconteceu o ano passado, na edição de 2023.

As Entrevistas

As entrevistas foram feitas no dia 18 de janeiro, na apresentação do Festival da Canção 2024 à imprensa.

A esta altura, eram só conhecidos pequenos segmentos das 20 canções a concurso pelos membros da imprensa.

A ordem das entrevistas que se seguem não está condicionada por qualquer critério de ordenamento e é da pura responsabilidade do autor.

Rita Rocha

Como surgiu a ideia de participar no Festival da Canção 2024 através da livre submissão que não é necessariamente o meio mais convencional para artistas com maior reconhecimento entrarem na competição?

“O meu manager, Vasco Sacramento, disse “Rita, e se fosses ao Festival?” uma semana antes das candidaturas fecharem e eu “Vasco, achas que sim?”. Isso não ia acontecer, não conseguia. […] Fui para casa pensar e esta foi a canção que logo veio à minha cabeça, que eu tinha guardada numa gaveta.”

Já não havia convites. Se fosse era mesmo arriscar tudo pela livre submissão. Mandei a canção com zero expetativas. Era uma canção que eu já tinha há muito tempo, tinha de ser produzida, gravada. Fui gravá-la no dia a seguir, mandei-a um dia antes de fecharem as candidaturas e felizmente correu muito bem. Estou muito orgulhosa da canção!”

Fala-nos mais sobre a tua canção, “Pontos Finais”.

A canção estava guardada há muito tempo. Eu quando a fiz soube que ela era para uma ocasião especial e eu não sabia para qual especificamente, mas quando surgiu o Festival da Canção eu pensei “fogo isto é mais que especial, a canção é para aqui!” e eu estava mesmo à espera de a poder tirar da gaveta e é muito incrível poder tirá-la para uma coisa destas, desta dimensão e com este prestígio todo.”

“A canção apela muito ao desespero, não tem muito a ver com o que eu tenho feito e eu sinto que isso também é um fator surpresa e positivo e eu quero mesmo puxar o lado de desespero e intensidade da canção para as pessoas sentirem isso e já tenho tudo pensado, espero que corra bem, vou dar o meu melhor!”

O que nos podes revelar sobre a tua atuação ao vivo?

“Eu não posso revelar muita coisa, mas o que eu posso dizer é que eu vou estar a fazer mil e uma coisas ao mesmo tempo, vou puxar o meu lado de atriz na performance e vai ser uma coisa muito intensa e espero que isso passe para as pessoas.”

Conseguirá a “Miúda do 319” ir a Malmö ou achas que o público do Festival tem “Outros Planos” para ti?

“[risos] essa foi a melhor pergunta que me fizeram hoje!”

“Eu estou com zero expetativas, só estou mesmo na desportiva. Para mim já é um orgulho imenso estar aqui com estes músicos que eu admiro tanto e sou mesmo fã de todos. Estou a enriquecer imenso a minha cultura musical e a aprender imenso a crescer como artista, por isso para mim já está ganho só de estar aqui. Não penso muito para a frente. É o que tiver de ser.”

Tens algum favorito para ganhar esta edição do Festival da Canção?

Ai, não consigo [dizer], eu tenho muitos amigos aqui! A Nena é minha amiga, a Iolanda, o Bispo… Não consigo escolher um, são todos amigos.”

Rita Rocha (Fonte: RTP)

Mila Dores

Como é que surgiu o convite para o Festival da Canção e porque decidiste aceitar?

“A Antena 1 convidou-me, eu aceitei com muito gosto. Decidi aceitar porque acho que tenho um lugar ali naquele palco e com o que se vive agora a minha canção é bastante política, digamos assim. Fala-nos de liberdade, de dizermos aquilo que nós queremos, quando queremos e é isso que temos de continuar a fazer.”

Achas que a tua participação em 2019 com a canção “Debaixo do Luar” te ajudou a preparares ainda melhor a participação deste ano?

“Há uma coisa em que vai ajudar com toda a certeza. Eu em 2019 percebi e senti o bom ambiente que se vive no backstage entre todos os artistas e todas as artistas, portanto nessa parte eu sei que vou estar relaxada, que vamos estar todos muito simpáticos e muito camaradas uns com os outros, umas com as outras e é um palco incrível, eu adorei, foi dos melhores palcos que eu já pisei. Estou super entusiasmada por pisá-lo de novo.”

Fala-nos um pouco mais sobre a tua canção e sobre como surgiu.

Eu compu-la a partir da minha voz, de vozes. Eu normalmente sento-me ao piano, brinco um bocadinho com as teclas e com a melodia, mas esta surgiu de voz […] e então eu percebi que o assunto ia relacionar-se mesmo com o título, “Afia a Língua”, “afia a língua e vai gritar”. Diz tudo sem medo, não te censures, não queremos censuras. É uma canção anti-xenofobia, anti-transfobia, anti-machismo, anti-patriarcado e anti-fachismo.

O que nos podes revelar da tua performance?

“Tenho um subtexto: pozinhos de magia.”

Quais são as tuas expetativas para o que podes alcançar neste Festival da Canção 2024?

“Eu quero cantar esta canção o máximo de vezes que eu puder. Esta é a minha expetativa.”

Mila Dores (Fonte: RTP)

Iolanda

Neste caso concreto, a primeira pergunta desta entrevista foi feita pela entrevistada que, ao ouvir que estava a ser abordada pelo Jornal desacordo, reagiu de forma efusiva perguntando ao repórter: “És de CC [Ciências da Comunicação]?” . Eu respondi afirmativamente à questão e dei início às perguntas que tinha preparado.

Já percebi que a informação que tinha de que andaste no ISCSP, em CC, se confirma…

“Sim, andei no ISCSP, em CC em 2012!”

Como é que foi essa experiência? O que podes dizer aos nossos leitores sobre isso?

“Olha, foi muito fixe! Na verdade, eu quando fui para Ciências da Comunicação, vou ser o máximo honesta, eu não sabia o que é que eu estava a fazer à minha vida porque eu queria seguir música, mas eu pensei “Que curso melhor para eu tirar sem ser música que Comunicação?”, então olha, seguimos para comunicação, amei o curso. Foi difícil na altura porque estava a fazer música ao mesmo tempo, portanto, obviamente decidi envergar pela música, mas foi “bué” fixe, tenho “bué” saudades de todas as festas, dos corredores…”

Como é que surgiu o convite para o Festival da Canção 2024?

“O convite foi muito inesperado, estava zero à espera de ser chamada. Queria muito enviar uma livre submissão, sem dúvida, porque senti que este ano poderia ser fixe participar e estava com a mente muito aberta e muito tranquila da minha vida e acho que isso é sempre importante quando vimos para uma mostra destas de talento e estou mega feliz com o convite. Foi muito inesperado, mas recebido com muito amor e com muita vontade de fazer música.”

Como surgiu a tua canção e de que nos fala?

“A minha canção chama-se “Grito”. É uma canção forte. Eu quis muito ir numa vibe muito épica porque sentia que algo me chamava para esse tipo de energia. Fala sobre uma transformação de uma zona mais escura para uma zona de luz, talvez muito influenciada pela minha vontade de melhorar e de falar sobre saúde mental e sobre aquilo que nós sentimos cá dentro e que não dizemos, muitas vezes e para mostrar a toda a gente que cada um de nós tem um papel na sociedade, ou um papel na vida ou um papel nosso, para o mundo. É sobre renascer.

O que nos podes revelar sobre a tua atuação ao vivo?

“É tudo muito secreto no Festival, não vos posso revelar um único detalhe, mas podem esperar uma atuação mega elegante, muito forte, não sei, talvez uma simplicidade especifica e bem trabalhada porque, na verdade o que eu quero que as pessoas ouçam é a mensagem que a canção traz e a força que uma mensagem tem numa canção.

Quais as tuas expetativas? O que esperas alcançar com esta participação?

“Espero poder divertir-me ao máximo. Curtir este Festival ao máximo, conhecer muita gente, fazer amigos cá dentro, isso sem dúvida que é o primeiro passo e depois que as pessoas ouçam a minha música, que ouçam todas as outras coisas que eu tenho para trás e todas as que eu vou lançar daqui para a frente porque para mim isso é o mais importante, é que a arte viva e que viva bem em Portugal.

Por fim, se ganhares, a festa vai ser no ISCSP?

Se eu ganhar, podemos fazer uma minifesta. Mini eu não diria porque o ISCSP não faz coisas mini, mas podemos fazer uma celebração no ISCSP, eventualmente, se isso se proporcionar.”

Iolanda (Fonte: RTP)

Mela

Como surgiu a ideia de participar no Festival da Canção 2024 através da livre submissão?

“Eu sempre fui muito fã do Festival, mas sempre tive bastante medo de submeter o que quer que fosse porque tinha algum medo da rejeição e sempre achei que o que compunha não era bom o suficiente. Este ano, por impulso, à última da hora, às dez da noite do último dia da submissão, decidimos enviar a canção. Enviámos mais uma canção, esta era a nossa segunda opção. Eu no fundo já sabia que esta canção era especial e se alguma das duas fosse escolhida seria esta, mas achei que não o ia ser, sinceramente e acabou por ser e ainda estou aqui a tentar perceber o que se passa, aos trambolhões e vestida de alforreca, mas está a ser incrível.”

Como surgiu a tua canção, “Água”, e de que nos fala?

Esta canção foi composta a 31 de agosto de 2022, portanto, ela já foi composta sem pensar no Festival. Foi escrita na Madeira. Aconteceu-me uma situação profissional no mundo da música e pessoal também e eu pensei desistir de tudo, mas olhei para o mar e pensei “Opá, era claro como água que isto nunca ia acontecer” e daí veio a ideia da canção. Cheguei a casa e fiz o que faço melhor que foi sentar-me ao piano e cantar o que não conseguia dizer e acabou por sair a canção praticamente toda à primeira. Eu gosto de dizer que a canção já estava escrita, eu só a encontrei, veio ter comigo por algum motivo. Foi produzida pelo Jonny Abbey no PLANTA [Music Lab], tive ajuda nas baterias do Sadik, do Marco Olival nas vozes e o resto da canção foi toda cantada por mim, o Leonardo Pinto fez a masterização e estou muito grata pela equipa que tenho e por estar aqui. Bastava não ter uma destas pessoas que não estaria aqui hoje.

O que nos podes revelar sobre a tua atuação ao vivo?

“Eu posso dizer que a música é sobre erguer-se das cinzas, portanto, pode haver alguma referência a isso. A música é sobre água, haverá alguma referência e muita energia e uma grande performance em cima de palco – é o que temos previsto.”

Quais as tuas expetativas? O que esperas alcançar com esta participação? Achas que podes ganhar e representar Portugal na Eurovisão?

Eu adoraria passar à final, adoraria ir a Malmö, adoraria tudo isso, mas, para mim, neste momento, o que eu pretendo é fazer o melhor possível, a melhor performance que puder fazer, digna de representar Portugal e se Portugal assim o achar passar à final e se Portugal assim o achar representar o país em Malmö. Eu tento não pôr muitas expetativas nem estar a ver isto como uma competição. Eu só quero aproveitar tudo o que isto me traz ao máximo porque isto, at the end of the day, nós queremos é fazer boa música e é isso que, neste momento, estou a tentar concentrar-me em fazer, mas claro que era incrível ganhar!”

Mela (Fonte: RTP)

Rita Onofre

Como surgiu a ideia de participar no Festival da Canção 2024 através da livre submissão?

“Desde que houve este revamp do Festival que eu sempre quis participar. Adorei esta coisa de que um artista faz aquilo que lhe apetece fazer, apresenta-se com a sua identidade artística e eu pensei “Que bonito eu quero fazer parte disto!”, então não foi o primeiro ano que eu submeti [uma canção], mas foi o primeiro ano que entrei. Não sei se fiz mais uma ou duas submissões para além desta.

Fala-nos mais sobre a tua canção, “Criatura”.

“A música começou com uma demo que se chamava “Carta a Mim” e eu escrevi uma carta para uma versão mais pequena de mim mesma, talvez uma Rita de 9 anos, não sei. Eu sempre sofri muito com ansiedade e sempre sofri muito fisicamente com ansiedade e como isso muitas vezes me limitava me impedia de fazer as coisas que eu gosto de fazer e de ser a criança leve, feliz e bem disposta que eu hoje sou. Então eu escrevi sobre isso. É como se fosse uma voz soberana, uma voz maior que informa que tu não precisas de ficar nesse canto escuro. Quando tu crias, tu és livre. O ato de criar, no meu caso, de fazer música é como se fosse o processo ou a ferramenta para a liberdade e para deixares de sentir essas coisas todas que te prendem.”

O que nos podes revelar sobre a atuação ao vivo da canção?

“Não quero revelar muita coisa. Estou muito concentrada na mensagem que quero passar, sem dúvida, posso dizer isso. Todas as pessoas que fazem parte desta equipa desde os produtores que são o Choro e o Ned Flanger até à direção criativa, comunicação, management, toda a gente está muito alinhada com a mensagem da música e portanto é isso que nós vamos aqui fazer.”

O que esperas alcançar com esta participação?

“Eu acho que já alcancei a partir do momento em que estou aqui, em que conheço estas pessoas incríveis, por poder conversar com outros músicos que não são os músicos com que estou habituada a trabalhar, abrir os meus horizontes e depois mostrar a minha música a mais pessoas. Depois quem quiser ficar fica, quem não quiser segue o seu caminho, mas, realmente é uma oportunidade única para fazer chegar a música mais longe e acho que aí já ganhei, já ganhámos todos.”

Rita Onofre (Fonte: RTP)

LEFT.

Como surgiu a ideia de participar no Festival da Canção 2024 através da livre submissão?

“Foi uma decisão fácil no sentido em que já queria fazer isto há muito tempo. Tenho acompanhado o Festival já há uns bons anos e nos últimos até produzi algumas das canções que passaram lá. Conheço muita gente que foi participar, portanto sempre tive o bichinho de pisar o palco e mostrar a minha música sem ser através de outras pessoas e este era o ano.”

Tu produziste a canção “A Festa”, do Edmundo Inácio que terminou em 2º lugar na edição de 2023. Isso motivou-te a voltares este ano para conseguires o “ouro” no Festival da Canção?

“Ya, esta é pelo Edmundo, esperem! [risos]”

Como surgiu a tua canção “Volto A Ti” e de que nos fala?

Esta é uma música especialmente pessoal, se é que isto faz algum sentido e na submissão até estava com algumas dúvidas se deveria entregar alguma coisa tão perto do meu coração. É sobre um coração partido e sobre o meu processo de luto dessa relação e no fundo, hoje em dia, mesmo já tendo passado algum tempo, é uma fotografia de uma fase difícil que eu passei, mas super importante para o meu processo.”

O que nos podes revelar da tua performance vivo?

“Eu vou estar nu, completamente nu. Eu e as dez pessoas que vão estar comigo… não, estou a brincar! Posso só prometer que não vou fazer o clássico de estar a cantar para a câmara a música toda. Quero trazer um efeito diferenciador e, no fundo, trazer o meu universo para o palco.”

Achas que podes representar Portugal este ano em Malmö, na Suécia?

“Obviamente quero fazer o meu melhor e se o resultado for positivo, melhor, mas quero divertir-me e que mais malta ouça a minha música. Acho que isso é o grande objetivo.”

LEFT. (Fonte: RTP)

Maria João

Como é que surgiu o convite para o Festival da Canção 2024?

“A Paulinha, a Paula Cabeçadas ligou-me frenética: “Oh, recebemos um convite para tu ires! não queres ir? Claro que vamos! Vamos!” eu comecei-me logo a rir completamente contagiada pela coisa frenética dela, pensei um bocadinho e disse sim!”

Como surgiu a sua canção “Dia” e de que nos fala?

A canção fala do dia. Eu gosto muito do dia que vem sempre depois de algumas noites turbulentas e então apareceu por causa disso e com a parceria com o João Farinha que é o meu parceiro do OGRE e dos nossos projetos e nós fizemo-la de propósito. Aquilo foi improvisado que é assim que eu escrevo a música, é improviso. Ele tinha uma linha de baixo e eu improvisei e a letra escrevi assim também.”

Acha que se ouve jazz suficiente no Festival da Canção?

“Eu não conheço as outras músicas ainda, portanto não sei como é que elas são.”

“A Mila Dores está ligada também ao jazz. Ela foi aluna na Escola Superior de Música de Lisboa, onde eu dou aulas e então ela está dentro do mesmo espirito, digamos.”

O que nos pode revelar da sua atuação ao vivo? Já tem alguns planos?

“Tenho, mas não posso dizer!”

Não pode revelar mesmo nada?

“Mesmo nada!”

Quais são as suas expetativas e o que espera alcançar com esta participação?

“Espero que eu chegue lá e possa representar a música o melhor possível, que aquilo corra mesmo bem e que seja um momento e um statement de arte, de música. Este é o meu único objetivo.”

Maria João (Fonte: RTP)

Cristina Clara

Como é que surgiu o convite para o Festival da Canção 2024 e porque decidiu aceitar?

“Foi um convite que me deixou muito surpreendida, foi através da Antena 1, um convite que me foi feito pelo Nuno Galopim. Foi uma honra imensa e foi uma surpresa total, na verdade.”

Como surgiu a sua canção “Primavera” e de que nos fala?

“A minha canção é uma parceria, como eu sempre gosto de trabalhar em parceria. É uma das minhas maiores bandeiras na música, construir em conjunto. O compositor da música é o Jon Luz, que é um compositor cabo-verdiano, talvez o que eu mais admiro da geração presente dos compositores contemporâneos. É uma música que tem forte inspiração no fado, que é um dos meios em que me movimento e da morna cabo-verdiana. O poema foi escrito num contexto pessoal e também mundial, como sabemos, de algum tumulto, de algum inverno, mas com uma mensagem de encorajamento de que o inverno, tal como acontece na natureza, dá sempre lugar à primavera e muitas vezes esses lugares de alguma escuridão tanto exterior como interior desembocam em lugares muito felizes, que foi o caso agora.”

Acha que se ouve fado suficiente no Festival da Canção?

“Bom, este ano não temos nenhum fado, na verdade, no Festival da Canção. Temos dois artistas que trabalham com fado como é o meu caso e do Buba Espinho, mas não temos um fado propriamente no Festival, portanto eu diria que este ano não é dos géneros mais presentes.

O que nos pode revelar sobre a sua performance ao vivo?

“Já estamos a construir. Não posso desvendar muito porque é uma coisa que eu gostaria mesmo de guardar para o dia, mas posso adiantar que não estarei sozinha e cada peça dessa construção terá um simbolismo. A própria letra da música tem muitas imagens e o próprio arranjo musical foi pensado para representar cada ambiente e na atuação ao vivo não será diferente.”

O que espera alcançar com esta participação?

“Eu espero divertir-me muito, conhecer muita gente nova. Já tem sido um processo, claro que de muita ansiedade, mas também de muito estímulo criativo. Já trabalhei com muita gente nova neste processo, trabalhei também com alguns parceiros mais habituais, como é o caso do Jon Luz, o Edu Miranda, o Pedro Loch, enfim, todos os músicos envolvidos no arranjo, mas espero ampliar ainda mais estes encontros musicais que são geralmente a minha prioridade.

Cristina Clara (Fonte: RTP)

Silk Nobre

Como é que surgiu o convite para o Festival da Canção 2024 e porque decidiste aceitar? Fala-nos um pouco sobre a tua canção, “Change”.

O convite foi-me feito o ano passado. Fiquei muito feliz. Tinha várias músicas, mas eu não podia ignorar uma questão: a conjuntura mundial. A questão da Guerra, a questão da crise da habitação, das alterações climáticas – coisas que me convocavam como pessoa, como ser humano, então a música é um apelo à paz, à mudança, mas eu não posso apelar à mudança se eu primeiro não fizer essa mudança porque senão não tenho legitimidade para a fazer. Enumerei algumas questões que me preocupavam pessoalmente e construí a partir daí um refrão que apelava a que as pessoas tivessem uma participação ativa na sociedade, como cidadãos. Não é só votar, ir para casa e sentar à espera que os políticos resolvam os seus problemas. Nós temos de estar ativos nas associações, ONG’s, ou seja, há muito trabalho para ser feito.”

“A música tem várias ideias fundamentais. Também mudarmos a nossa forma de amar o outro. Não pode ser uma coisa condicional, oportunista. Tem de ser uma coisa incondicional de aceitação do outro, por isso é que apela à mudança, então é uma música que para mim diz muito. Eu ganho se a música chegar ao mundo, é o meu objetivo, que seja ouvida.”

Trabalhaste com vários músicos na criação desta canção que já foram ao Festival da Canção e que inclusive ganharam, entre eles, o Tatanka. Pediste-lhe ou ele deu-te alguns conselhos para te ajudar nesta tua participação?

“Claro que deu! Eu já conheço o Tatanka há cerca de 15 anos. Nós temos uma história de amizade e ele ofereceu-se para participar, para cantar num coro gospel e foi maravilhoso. Deu algumas dicas em relação à própria estrutura da canção. A música só podia ter 3 minutos e eu tinha composto uma música para 7 minutos! E concentrar em 3 minutos todas as minhas ideias foi o maior desafio e criar uma história, uma narrativa. O Tatanka foi dando umas dicas, mas não só o Tatanka, o João Salcedo que compôs o arranjo de metais e de cordas, o Pity na própria produção, o Artur Guimarães que é o músico com que eu escrevi a canção de raiz, piano e voz. Nós queríamos fazer uma música que tivesse um rasgo rock funk soul. Esta é uma mensagem para o mundo, lançar a voz para o mundo.

O que nos podes revelar sobre a tua atuação ao vivo?

“A grande questão é: eu estou sempre a cantar e a voz é avaliada. A performance tem de ser um compromisso entre a qualidade vocal que eu posso ter na performance e aquilo que eu estou a sentir. Eu não vou para lá fazer uma coreografia de hip-hop e a espargata no chão e não sei quê se depois a voz sai mal. Para mim a primazia é que a voz chegue em perfeitas condições e que a mensagem chegue às pessoas, mas de uma forma clara. Depois tenho um desafio: é em inglês! há pessoal que muda logo o canal “Eh pá inglês… lá vêm estes gajos!”. Há este estigma.

SILK (Fonte: RTP)

Huca

Como é que surgiu o convite para o Festival da Canção 2024, visto que não tens música original lançada em teu nome?

Eu já trabalho no meio artístico há muito tempo, tenho feito essencialmente teatro e tenho feito a minha passagem pela música […], portanto já conheço esta família bonita da RTP há alguns anos. Eu acho que foi sobretudo isso que os levou a dizer “Olha, porque não chamar o Huca para participar nisto, nesta grande maluqueira?”. Fiquei um pouco surpreendido, na verdade, quando o Galopim me ligou, mas como gosto sempre de me atirar para fora das zonas de conforto disse logo que sim.

Como surgiu a tua canção, “Pé de Choro”, e de que nos fala?

É uma celebração. Eu costumo chamá-la de carta de amor. Eu acho que para mim mais do que uma canção é mesmo uma carta de amor e uma celebração que é pessoal, mas que deixa de ser pessoal porque eu sei que não é só minha, é de muitas pessoas, será de muitas pessoas agora que está aí no mundo. Foi uma necessidade grande de perceber o que levar ao Festival da Canção. Eu tinha uma música que tinha uma mensagem mais sócio-política, com uma mensagem forte que podia trazer. É altura de eleições, muitas eleições pelo mundo fora e, portanto, temos mesmo, como dizia o Fernando Nobre (Silk), de trabalhar para uma mudança, mas entretanto eu pensei “Que relação afetiva é que eu tenho com o Festival da Canção?” e na verdade a primeira relação afetiva que eu tive com o Festival da Canção foi a Sara Tavares e será sempre, para mim, a Sara Tavares. A primeira vez que eu me sentei para ver o Festival da Canção, tinha eu 10 anos, foi para ver a Sara e depois conheci a Sara e aos 14 anos estava com ela a vê-la preparar-se para um concerto e percebi “É isto que eu quero fazer da minha vida!”. Tornou-se óbvio para mim que eu tinha de a trazer de volta ao Festival comigo [através da canção]. Esta música é sobretudo uma celebração solar, feliz.

O que nos podes revelar sobre a tua atuação ao vivo? A tua vertente mais ligada ao teatro vai transparecer?

“Inevitavelmente! Eu sou muito musical e na música acabo sempre por trazer esse lugar muito teatral.

Esta música é bem complexa para mim de pensar nela em palco. Se fosse uma outra qualquer eu provavelmente teria logo mil e uma ideias. Eu acho que esta música requer uma delicadeza muito grande da mensagem que traz porque não é sobre mim, mas ao mesmo tempo há um lugar de espetacularidade que tem a ver comigo e como eu me apresento.

Quais as tuas expetativas? O que esperas alcançar com esta participação? Achas que podes ganhar e representar Portugal na Eurovisão?

“Eu não compus esta música a pensar nisso [em ganhar] e eu acho que esse vai ser sempre o meu espírito nesta passagem e eu acho que esse deveria ser o espirito de todos nós. Acho que o importante é nós “trazer-mo-nos” enquanto artistas, estes 20 artistas trazerem-se e, sobretudo interessa-me que quem tiver de se relacionar com esta carta de amor, quem tiver de se emocionar, quem tiver de pegar nela para fazer a sua festa, a sua celebração, o seu luto, que o faça e foi por isso que eu a compus. Se houver mais pessoas que a tenham nesse lugar, ainda bem!”

Huca (Fonte: RTP)

Perpétua

Como é que surgiu o convite para o Festival da Canção 2024?

Beatriz – “Isso foi um processo muito orgânico. Não foi tanto conosco, nós trabalhamos com um manager que é o Bernardo Limas, que está aqui conosco, e naturalmente surgiu o convite. Ficamos felizes por nos terem valorizado dessa forma.”

Como surgiu a vossa canção “Bem Longe Daqui” e de que nos fala?

Diogo – “Ora bem, a música começou por ser de amor ou desamor, se quisermos, depois tentámos mudar-lhe um bocadinho a roupagem, torná-la um bocadinho mais ambígua e passou a ser uma música sobre as ambiguidades que todos nós vivemos ou acabamos por viver por causa do ritmo acelerado em que vivemos, a procura sempre de novos horizontes, mas tentar não perder o foco onde estamos. Isto cantado de uma forma muito alegre num registo disco city pop que é uma referência que nós procuramos também.”

O que nos podem revelar sobre a vossa atuação ao vivo?

Diogo – “Ainda estamos a preparar, ainda estamos aqui á procura dos últimos detalhes, a acertar tudo, a acertar agulhas. Terão de esperar.”

Quais são as vossas expetativas e o que esperam alcançar com esta participação?

Beatriz – “Nós vamos dar o nosso melhor, acima de tudo. Esperamos divertir-nos que até agora é o que está a acontecer já estamos a divertir-nos muito a preparar o processo todo da performance, etc. Esperamos que ganhe a melhor, como em qualquer concurso e estamos já muito gratos por estar aqui.”

Perpétua (Fonte: RTP)

João Couto

Como surgiu a ideia de participar no Festival da Canção 2024 através da livre submissão?

Eu queria voltar ao Festival porque da outra vez que eu estive no Festival eu vim num contexto de substituto. Eu substituí o intérprete original d’”O Jantar”, em 2019, que foi uma experiência muito fixe, mas fiquei sempre com a sensação de que não vivi a experiência a 100%, vivi a 75% porque eu entrei assim um bocado de paraquedas.”

“Uma coisa que é muito importante no meu projeto a solo é que eu escrevo as minhas canções. É uma coisa autoral, então vir para aqui, para o Festival da Canção com uma coisa que eu escrevi, com uma coisa que eu imaginava era algo que eu queria muito fazer porque o Festival da Canção dá-te palco para poderes dar asas à tua imaginação e então era um objetivo, uma coisa que eu gostava que acontecesse, mas de uma forma orgânica, que não estivesse a forçar uma canção para o Festival, senão não vai soar fixe.”

“Eu comecei a trabalhar naquele que irá ser o meu próximo álbum no ano passado. Comecei a escrever algumas canções e tinha duas que tinham 3 minutos que é basicamente aquilo que torna uma canção elegível para o Festival da Canção e esta em particular, já o ano passado eu a queria ter submetido, mas à última da hora, antes de eu clicar no submit eu disse “Não.”, não está boa o suficiente. Trabalhei a canção, mudei coisas na letra, na melodia, algo que tornasse a canção mais entusiasmante e a verdade é que naquele espaço de tempo a canção cresceu muito e chegou a um ponto em que submeti a canção com uma confiança enorme. Aconteça o que acontecer esta era uma canção em que acreditava de tal ponto que mesmo que não tivesse passado a livre submissão ia lançá-la como single, mas o facto de eu estar aqui no Festival é o melhor lançamento de single que eu podia pedir.

Como surgiu a tua canção, “Quarto Para Um”, e de que nos fala?

“A inspiração surgiu de uma vontade muito grande de fazer uma canção que me desse a mesma sensação de alegria e euforia que algumas das minhas canções pop favoritas me dão. Aquele pop desenvergonhado de usar as cores todas faltava em Portugal e quis ser eu a ir buscar esse som.”

“Faltava-me um conceito forte. Uma letra forte e, neste caso, surgiu numa altura em que eu estava numa conferência em que eu estava num quarto para um e eu estava constantemente em videochamadas. Essa ideia surgiu na sensação de estar a sentir que aquele quarto desconhecido era mais casa porque estava ali em videochamada porque aquilo que é o meu lugar seguro, que é a minha casa é a pessoa que está na videochamada.”

“Esta música surge numa altura em que eu percebo que aquilo que me tira da minha casca, que me dá confiança, são as pessoas especiais da minha vida, então o “Quarto Para Um” não é o quarto para onde eu volto para casa sozinho, é aquela chamada que eu faço antes de dormir, é o chegar tarde a casa porque estive não sei quanto tempo com amigos, ou o que quer que seja. É uma canção sobre perceber que o meu lugar especial são as pessoas e não um lugar físico.

O que nos podes revelar sobre a tua atuação ao vivo?

“Posso garantir que é uma cena pensada da base até ao topo do edifício. A vantagem de ser autor no Festival é que tenho um controlo autoral sobre a coisa que, por exemplo, em 2019, não tive porque não era eu o autor, como é óbvio. Aquilo que eu te disse agora do que a canção é sobre, eu quero que a atuação reflita isso também.

Quais as tuas expetativas? O que esperas alcançar com esta participação?

“Vai ser muito divertido. É um ano fenomenal, digo isto sem tangas. Alguns dos meus artistas portugueses favoritos do momento estão a concorrer comigo no Festival, portanto não podia estar mais orgulhoso de estar neste lote de pessoal.”

“Tudo o que eu posso dizer é que eu vou trabalhar muito para ter o melhor resultado possível. Que resultado vai ser, só depende dos ouvintes. Da minha parte vou fazer tudo para que percebam a mensagem e que esta é uma canção em que acredito muito.”

João Couto (Fonte: RTP)

Notas Finais

Para saberes mais sobre todos os autores a concurso, consulta o artigo Festival da Canção 2024: Revelados os Autores das Canções.

Ficam por revelar, de forma oficial, os apresentadores das semifinais, contudo, Tânia Ribas de Oliveira já fez uma publicação a anunciar que estaria a apresentar, com José Carlos Malato, “uma das semifinais”. Apesar da publicação já ter sido apagada, esta foi noticiada pelo site ESC Portugal, um dos mais populares sites noticiosos em Portugal sobre o mundo da Eurovisão.

O sorteio das semifinais também já se realizou, tendo este ditado a seguinte distribuição dos participantes (não representa a ordem de atuação):

Semifinal 1 (24 de fevereiro)Semifinal 2 (2 de março)
Bispo – “Casa Portuguesa” (Bispo)Buba Espinho – “O Farol” (Buba Espinho)
Iolanda – “Grito” (Iolanda)Cristina Clara – “Primavera” (Cristina Clara)
LEFT. – “Volto A Ti” (Left.)Filipa – “You Can’t Hide” (Filipa)
João Borsch – “… Pelas Costuras” (João Borsch)Huca – “Pé De Choro” (Huca)
Mela – “Água” (Mela)João Couto – “Quarto Para Um” (João Couto)
Mila Dores – “Afia a Língua” (Mila Dores)Leo Middea – “Doce Mistério” (Léo Middea)
Nena – “Teorias da Conspiração” (Nena)Maria João – “Dia” (Maria João)
Noble – “Memory” (Noble)No Maka ft. Ana Maria – “Aceitar” (No Maka)
Perpétua – “Bem Longe Daqui” (Perpétua)Rita Onofre – “Criatura” (Rita Onofre)
Rita Rocha – “Pontos Finais” (Rita Rocha)Silk Nobre – “Change” (Silk Nobre)

A final está marcada para dia 9 de março e irá contar com 12 canções que serão apuradas nos termos já enunciados na primeira parte do artigo.

As casas de apostas, às 11:22 do dia 29 de janeiro, ditam que Iolanda é a favorita a vencer a competição com uma probabilidade de vitória de 26%. Para completar o top 5, seguem-se Filipa (22%), Bispo (14%), João Borsch (9%) e Maria João (6%). Estes indicadores têm o hábito, no entanto, de sofrer grandes flutuações aquando da proximidade das datas dos espetáculos e das informações que vão sendo reveladas até lá e, por isso, têm de ser analisados com cautela.

O vendedor do Festival da Canção 2024 terá a oportunidade de representar Portugal e a RTP no Eurovision Song Contest 2024, em Malmö, na Suécia, a decorrer nos dias 7, 9 e 11 de maio.

Escrito Por: José Pereira

Editado por: Inês Reis

Um pensamento sobre “Apresentação do Festival da Canção 2024

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