O público vibrou ao som de grupos nacionais ou internacionais, desde o rock português de Xutos e Pontapés ao rock de Muse.

A 9.ª edição do Rock in Rio finalmente chegou à terra alfacinha depois de ser adiada por duas vezes por causa da pandemia da Covid-19. O desacordo tem acompanhado o evento, desde a receção da imprensa, ao evento teste e ao primeiro dia de evento para poderes ficar a par de tudo!
Roberta Medina, produtora do evento e vice-presidente do Rock in Rio, afirmou animada que o mote desta edição é o reencontro. O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, afirmou que “O Rock in Rio é parte da identidade da cidade – aberta, ligada à diversidade e com ligação ao futuro”. O presidente esteve presente neste primeiro dia de evento e afirmou ainda que o Rock in Rio é importante para celebrar juntos regresso à normalidade e para a economia da cidade.
O primeiro dia, 18 de junho, começou com a aguardada abertura de portas seguida da típica correria e o sentimento de ânsia pelo melhor lugar para ver os artistas preferidos.
Logo ao início da manhã, o Jornal desacordo teve o prazer de entrevistar The Black Mamba, a banda portuguesa que já conta com uma carreira de 12 anos e que esteve já esteve nos palcos do evento em 2012. Antes do concerto a banda estava ansiosa por poder celebrar o regresso aos festivais e afirmou que poderiam haver colaboraçãoes futuras, mas que ainda estão em negociações.
The Black Mamba atuou no palco Galp Music Valley procurando celebrar o regresso à normalidade, num concerto onde todos puderam aproveitar o momento em conjunto sem máscaras e quaisquer outras limitações, tendo em conta que o palco até contou com um intérprete de língua gestual. A entrevista com a banda está disponível aqui no site e no canal do Youtube do Jornal desacordo.

A tarde começou com diversas animações pelos vários palcos do evento, como, por exemplo, o Palco Yorn, uma nova atração deste ano onde se fez uma competição amigável de dança com a intenção de interagir com o público. Pelo recinto há vários locais onde o público pode ganhar brindes. Neste sábado houve um que se destacou, a fila para o espaço que oferecia um sofá insuflável a fim de ver o concerto confortavelmente.
A meio da tarde, chegava a hora de abrir o Palco Mundo e, quem o fez, foi a famosa banda portuguesa Xutos & Pontapés. O desacordo teve o prazer de poder conversar com a banda que marcou e continua a marcar diversas gerações e que deu um concerto onde o público pode ouvir temas mais recentes, mas também regressar a velhos tempos com temas icónicos como “Para Ti Maria” e “Minha Casinha”.

Ao conversar com a banda Tim afirmou que era “muito bom voltar depois destes anos em que não houve Rock in Rio e muitos destes concertos grandes” afirmando ainda que é igualmente “muito bom estar perto do público” de novo. Ao serem confrontados quanto às expetativas que tinham responderam que esperavam que fosse uma grande festa, cheia de emoção e que pudesse ser divertido.
Tim e Kalu afirmaram que se sentem muito bem quanto ao facto dos jovens reconhecerem o seu trabalho e estarem presentes na plateia. A banda partilha que há uma sensação de que cada pessoa que gosta da música dos Xutos & Pontapés acaba por ficar amigo da banda e que não é preciso gostar de todas as músicas, mas que só o facto de gostarem de algumas cria uma afinidade e isso enche-os de satisfação.
Após a atuação de “Xutos”, o Palco Mundo contou ainda com Liam Gallagher, cantor britânico, conhecido pelo seu percurso com a banda Oasis, da qual foi vocalista. O espetáculo foi marcado por diversos êxitos, entre eles o tema “Wonderwall”, como não poderia faltar.
Em seguida, o espaço contou com a atuação de The National, onde a plateia se encheu completamente. Não era possível ver nem um centímetro de relva, algo que se manteve e até se intensificou por toda a noite. Muse, a banda britânica que é um sucesso do género rock, regressou ao Palco Mundo após a sua presença na edição de 2018 para um espectáculo que fez vibrar o público e que trouxe algumas surpresas.
A atuação de Muse foi das mais emocionantes da noite, tendo como abertura o mais recente single da banda “Will of the People”, que fará parte do próximo álbum da banda, com data de lançamento prevista para agosto deste ano. A banda entrou com máscaras fazendo jus a imagens que já tinham sido divulgadas do vídeo oficial do tema.

A banda não se deixou ficar por aqui, e nem a chuva impediu Muse ou a plateia de aproveitar o momento ao máximo. O público pode contar com uma cena tipicamente de “Rock n’ Roll” com o vocalista, Matt Bellamy, a partir a guitarra na qual tocou um solo frenético. O concerto contou ainda com fitas lançadas do palco, espetáculo de fogo e a interação do vocalista com o público no corredor do palco ao som de “Starlight”. A atuação terminou com “Kill or Be Killed” e “Knights of Cydonia”, momentos em que os fãs foram surpreendidos por uma espécie de robô gigante atrás da banda no palco.

Diversão é o que não falta na Cidade do Rock e irá continuar nos dias 19, 25 e 26 de junho com uma grande diversidade de atrações, contando com diversos palcos.
Uma novidade para este ano é a Family Tour, um circuito de entretenimento para as famílias, com diversas atividades. Além disso, serão 42 espaços de ativação de parceiros que todos os dias vão oferecer inúmeras atividades e brindes.
A organização deixou lembretes em relação ao que se deve levar: protetor solar, calçado confortável, roupa fresca de dia e um agasalho para a noite. E, mesmo com a empolgação e correria entre as atrações, o público não se deve de esquecer de ingerir alimentos e água ao longo do dia, já que também podem contar com 25 pontos de bebedouros com água potável espalhados, para que não tenham de comprar água.
A inclusão também não falta nesta edição havendo mais espaços exclusivos a pessoas com deficiência física, tradução com língua gestual nos palcos para as pessoas com deficiência auditiva e um mapa tátil para as pessoas com deficiência visual.
Escrito por: Monique Vasconcelos e Rafaela Boita
Editado por: Rafaela Boita