Harry Styles: o primeiro homem a protagonizar sozinho uma capa da Vogue

Harry Styles, ex-membro da banda One Direction, faz história e afirma-se no mundo da moda como o primeiro homem a estrelar sozinho uma capa da Vogue EUA.

O cantor aparece na capa a usar um blazer e um vestido de gala oferecido pelo seu amigo e diretor criativo da Gucci, Alessandro Michele, que celebra a maneira como Styles quebra barreiras através da moda:

[Harry] é a imagem de uma nova era, da maneira como um homem pode ser. Ele está, efetivamente, em contacto com o seu lado feminino porque é algo natural. Ele é uma grande inspiração para a geração mais jovem (…). Acho que ele é revolucionário. – Alessandro Michele

Harry Styles na capa da edição de dezembro da Vogue EUA. Foto: Tyler Mitchell

Nesta edição de dezembro, Harry fala da sua música, do seu crescimento pessoal e das suas escolhas ao nível da moda conhecidas por dissolver as linhas de género.

Por vezes dou por mim em lojas a olhar para roupa de mulher e a pensar no quão incríveis são. É como qualquer outra coisa, sempre que pões barreiras em algo na tua vida estás a limitar-te. Há tanta felicidade em brincar com roupa. Eu nunca pensei muito sobre o que isso significa- acaba por ser simplesmente uma extensão da criação de algo. – Harry Styles

A sua irmã, Gemma Styles, entra também nesta edição e acaba por revelar que, em criança, o artista sempre gostou que a mãe o aperaltasse. O que vai de encontro a uma memória de infância que Harry partilha de quando, numa das peças de teatro da escola, teve de usar collants para desempenhar o papel de “Barney”, um rato que vivia numa igreja: “lembro-me que aquilo [usar collants] foi uma loucura para mim (…) foi aí que provavelmente tudo começou!”.

Harry e Gemma Styles para a edição de dezembro da Vogue EUA. Foto: Tyler Mitchell

Harry conta como, até na moda, tirou inspiração das suas maiores referências musicais- Prince, David Bowie, Elvis Presley, Freddie Mercury e Elton John – que descreve como “showmen”. Afirma que, hoje em dia, veste algo extravagante e já não se sente estranho por isso: “Penso que se tens algo com que te sentes maravilhoso, é como um fato de super-herói. As roupas existem para nos divertirmos, experimentá-las e jogar com elas. É empolgante saber que essas linhas [de género] estão a desvanecer. Quando pões de parte a ideia de que há “roupa para homem” e “roupa para mulher”, quando quebras essas barreiras, obviamente que encontras um lugar onde podes brincar”.


Tendo visto a tour do seu mais recente álbum, “Fine Line”, ser adiada devido à pandemia, Styles lançou-se noutros projetos e encontra-se, atualmente, a filmar “Don’t Worry Darling”, um filme de Olivia Wilde, que Harry descreve como “uma utopia da década de 50 no deserto da Califórnia”. Depois de integrar o elenco de “Dunkirk”, esta será a sua segunda aparição no mundo do cinema onde interpretará um casal com Florence Pugh.

Espero que o tipo de confiança como homem que o Harry tem- desprovido de qualquer traço de masculinidade tóxica- seja um indicativo da sua geração e, assim, do mundo futuro. Acho que ele está a defender isso de várias maneiras (…). É bastante poderoso e extraordinário ver alguém na posição dele a redefinir o que pode ser um homem confiante. – Olivia Wilde

Esta edição de dezembro termina com Styles a cantar “Cherry”, um dos seus temas, em acústico. Ouça aqui:

Escrito por: Constança Zarro

Editado por: Inês Conde

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