Crítica ao uso do Twitter

Redes sociais como o Facebook, o Instagram e o Twitter são as mais populares da atualidade. Todavia, enquanto as duas primeiras são maioritariamente utilizadas para publicar fotografias e para partilhar momentos divertidos com a família e com os amigos, a terceira tem um outro fim, o que faz dela, a meu ver, a pior rede social que existe.

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O Twitter, lançado em 2006, é um servidor de microblogging no qual os utilizadores publicam mensagens no seu perfil com um limite de  280 caracteres (anteriormente 140). Só este formato contribui para uma utilização vil, ignorante e desnecessária desta rede social. José Saramago, ilustre escritor lusitano que venceu o Prémio Nobel da literatura em 1998, fez uma vez um comentário com o qual eu não poderia concordar mais: “Os tais 140 caracteres refletem algo que já conhecíamos: a tendência para o monossílabo como forma de comunicação. De degrau em degrau, vamos descendo até o grunhido”.

De facto, um site no qual são só permitidas publicações que não excedam um certo limite de caracteres não pode nunca contribuir positivamente para a sociedade, por limitar e prejudicar a emissão de opiniões sólidas, concretas e fundamentadas. Apesar de muitos usuários procurarem publicar tweets de alguma qualidade, a maior parte das pessoas utiliza a rede social para indiretas, insultos, opiniões sobre temas desinteressantes, discussões sem nexo, procurar atenção a todo o custo e, em último caso, cyberbullying e bullying psicológico. Exemplo disto são as tendências deste site que visam escarnecer ou provocar escândalos relativos, nomeadamente, a jovens. Mas atenção, não digo que situações de cyberbullying deste género não se verifiquem noutras redes sociais. Nenhuma rede social está isenta disso. No entanto, penso que o Twitter seja a rede social onde este fenómeno é mais visível e violento.

Porém, para mim, a utilização da rede social atinge o cúmulo do ridículo quando políticos ou outros indivíduos influentes a utilizam da mesma maneira que os jovens: para emitir opiniões polémicas de um modo deselegante e desfundamentado ou para discussões infantis onde reinam falácias ad hominem. Temos o famoso exemplo da conta do presidente norte-americano Donald Trump, cujos tweets causam muitas vezes indignação a milhões de almas, e – para referir um caso português – a recente e desnecessária discussão entre a deputada Joacine Katar Moreira e o comentador e cronista Daniel Oliveira, na qual ambos trocam acusações, mais parecendo adolescentes mimados.

Deste modo, não recomendo a ninguém a utilização do Twitter, pois, por muita gente que haja a tentar fazer um bom uso da plataforma, esta, infelizmente, está infestada de hipocrisia, de falta de identidade e do pior que cada pessoa tem. Antes o Instagram, pois uma imagem vale mais que mil palavaras e o Twitter só tem 280 caracteres.

Este artigo de opinião é da pura responsabilidade do autor, não representando as posições do desacordo ou dos seus afiliados.

Escrito por: Beatriz Gouveia Santos

Editado por: Júlia Varela

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