‘’O crescente desânimo e receio dos jovens face aos seus futuros’’

São numerosas as inseguranças nomeadas por parte de vários estudantes, que se encontram reticentes perante a falta de condições e visão nos seus futuros. Desde norte a sul do país, identificam-se cada vez mais jovens preocupados com questões relacionadas com dificuldades na inserção e mobilização no mercado de trabalho e com as incontestáveis despesas e carência de alojamento, principalmente na cidade de Lisboa. Lisboa instaura-se como o local em que estas condições e limitações são mais marcantes e agravadas, com maior número de casos de desistência e abandono desta cidade, tanto para estudos, trabalho ou residência. As principais vítimas, destas afrontosas dificuldades, os estudantes deslocados, são confrontados e derrubados pelos altos níveis de custo de vida e precárias oportunidades.

Perante a dificuldade de arcar com despesas de arrendamento e falta de oferta e existência de alojamentos, acrescem-se as precárias condições em que estes se encontram, praticando-se preços exorbitantes, com dimensões pequenas e distantes do centro da cidade. Demonstram ser cada vez mais preocupantes, os relatos de queixas por parte de estudantes, que estão a iniciar o seu percurso académico, e recém-licenciados que se encontram, desnorteados, devido à situação de instabilidade que se considera alarmante por se confrontarem com uma imagem de um país sem condições para os receber e amparar no seu percurso.

Também a crise pandémica, covid-19, tornou todo este desafio mais agudo, na medida em que afetou, consideravelmente, várias áreas, contribuindo para o agravamento da inflação assente e a redução do número de cargos e locais de emprego disponíveis, cargos esse que poderiam, futuramente, assumir-se como postos de trabalho, destes universitários.

Fonte: Lisaccount

Aliadas a todas a estas razões e a todo o stress pressuposto do percurso académico, também muitos são os jovens deslocados que acabam por desistir  e abandonar os seus estudos, por serem afetados pelo declínio do seu bem-estar e saúde mental, que são colocados em causa, perante este paradigma desanimador.

Tendo por base, relatos da presidente, Catarina Ruivo, da Associação Académica de Lisboa, descreve um cenário que considera ser ‘’lamentável’’, afirmando que há muitos alunos que não conseguem continuar nos estudos devido aos gastos de alojamentos que não conseguem suprir. Esta ainda acrescenta, ‘’ A Universidade de Lisboa tem cerca de 52 mil estudantes e quase metade vem de fora, não há casa para todos e as camas são insuficientes.’’

Assim, constata-se a emergência e indispensável necessidade de maiores apoios e acompanhamento dos estudantes que iniciarão o seu percurso e o aumento das perspetivas e da esperança perante aqueles que virão a finalizar o seu ciclo académico e que procuram inserir-se no mercado de trabalho. Desta forma, é imperial combater-se a forte apatia que se prolifera entre os estudantes universitários em todo o país, e fornecer uma perspetiva positiva do que o futuro lhes reserva.

Este artigo de opinião é da pura responsabilidade do autor, não representando as posições do desacordo ou dos seus afiliados.

Escrito por: Maria Ribeiro

Editado por: João Fonseca

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