Dois Dedos de Música: ISCSPiana Marta Lima lança o seu EP de estreia.

Após o lançamento dos singles «No Mesmo Instante» e «Casa do Ilhéu», a artista apresenta a sua obra de estreia, de seu nome “Murmúrio”.

Composto por quatro músicas originais, «Murmúrio» é lançado ao público como uma comunhão harmoniosa entre o jazz e o indie, com direito a concerto de apresentação no Centro Cultural de Lagos, cidade que viu Marta Lima nascer, bem como a sua paixão pela música:

A paixão pela música começa desde muito cedo, uma vez que o meu pai cantava e tocava guitarra sempre para mim e para o meu irmão, chegou até inventar uns versos sobre nós e cantava-os sempre, tornando-se numa das músicas da minha infância. Aos 5 anos comecei a aprender bateria, durou menos de um ano, mudei para violino na Academia de Música de Lagos. Depois tive 4 anos no piano, até que me apercebi que o que realmente gostava de tocar era guitarra, trocando assim de instrumento (mais uma vez).

Ao olhar para trás, desde os meus 12 anos que componho, mas só há pouco tempo senti que de facto as minhas canções tinham potencial e que deviam ser lançadas para que todos pudessem ouvir.”

Marta Lima em palco no Centro Cultural de Lagos.

Com uma licenciatura em Administração Pública no ISCSP e um Mestrado iniciado, a artista recorda a decisão de abandonar esse caminho e se dedicar inteiramente à música:

“Já desde a licenciatura sentia que Administração Pública não era o curso que queria seguir no futuro, mas sempre tive consciência que aventurar-me por este mundo é complicado, por essa mesma razão decidi acabar a licenciatura. Logo após me licenciar, entrei no Mestrado em Relações Internacionais e ao mesmo tempo no Hot Club Portugal, uma escola de jazz onde estou no 3º ano a tirar Voz.

Foi no ano passado, ao iniciar a minha tese de Mestrado, que tomei a decisão de que se quero de facto este caminho não posso esgotar as minhas energias num caminho que não me preenche. Por essa mesma razão decidi desistir do Mestrado e dedicar-me à música.”

Apresentando o estatuto de veterana da Magna Tuna ApocalISCSPiana e admitindo uma presença constante da tuna desde o início da sua licenciatura, Marta Lima reflete acerca da influência da mesma na sua postura como artista:

“ […] Foi na MTA que me apercebi que o que gostava mesmo de fazer era cantar, criar, e por isso fui-me encontrando na tuna, não só como artista, mas como pessoa também. Ao longo destes anos na tuna, fui crescendo e, após todas as atuações, perguntava-me como é que poderia melhorar a minha performance e isso estende-se até hoje. Grande parte da artista que sou, deve-se à MTA.”

Quem ouve Marta Lima não consegue ficar indiferente à sua composição completamente honesta e crua, dotada de uma introspeção gigante, resultando em músicas airosas e sinceras, aliadas a melodias que facilmente ficam no ouvido. Assim, Marta Lima refere artistas como Luís Severo, Yebba, Maro e Lizzy Mcalpine como as suas maiores influências musicais.

No que toca às suas letras, Marta não se força a escrever se não se sentir inspirada para tal, sendo a composição um processo orgânico: “Normalmente a inspiração vem de histórias que eu vivo, de sentimentos que preciso de exprimir para me sentir mais leve, ou por vezes, estou num sítio mas a minha mente está completamente noutro e nesse momento sinto que tenho de escrever e a coisa flui de forma natural.”

Fonte: Spotify

Com um EP cá fora e quatro canções originais apresentadas ao público, uma Tour de Apresentação e presença marcada em várias salas do país, Marta reflete acerca dos seus objetivos e desejos para o futuro da sua carreira: Para já quero defender este EP com toda a minha alma, apresentá-lo ao público, dar-me a conhecer também, divulgar o máximo para que consiga fazer ainda mais concertos e chegar a cada vez mais pessoas.

Já tenho músicas para editar um próximo projeto, desta vez um álbum, porém, penso que esse não seja o caminho por enquanto. Escrevi uma canção há pouco tempo que sinto que vai ser o próximo single, e essa sim gostaria de gravar dentro em breve para lançá-la no verão.”

Para já, Marta Lima deixa-nos «Murmúrio», a obra que nasce do culminar de todo o amor, paixão e dedicação da artista ao seu ofício e o desejo de se entregar a si e a sua obra ao público:

“Gostava que as pessoas soubessem que [“Murmúrio”] é a obra que espelha a minha alma delicada e repleta de emoção. Murmurei ao mundo que aquilo que mais desejava era partilhar com ele todo o meu ser e este EP simboliza o concretizar disso.”

Escrito por: Inês Reis

Editado por: João Miguel Fonseca

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