Pente Fino: Sara Jacinto é Patrulha da Praxe de Sociologia

Fica a conhecer um pouco mais sobre a estudante e patrulha da praxe de Sociologia, Sara Jacinto.

Quem és? Como te descreves?

Posso-me descrever como uma pessoa assertiva, que por muitos pode ser interpretado por um bocado de arrogância. Considero-me a amiga “mãe” do grupo, não por ser a mais responsável, atenção, longe disso. Mas sim porque me dedico a tentar resolver os problemas dos outros e estou sempre disponível para ouvir os meus amigos. Sou uma pessoa difícil de lidar ao início por ter uma personalidade forte, mas que é ultrapassado com o tempo.

Porquê este curso? Foi a tua primeira opção?

Sociologia foi a minha primeira e única opção no acesso ao Ensino superior. Já tinha estado um ano na Faculdade de Letras e soube desde o início que ia mudar de curso, tendo um ano inteiro a pensar no que queria até dar de caras com Sociologia. Esta licenciatura serve-me, maioritariamente, como um meio para atingir um fim. Devido à sua abrangência, consigo posteriormente seguir a área que sempre quis que é Criminologia.

Porquê entrar na praxe? Foi algo que sempre quiseste para o teu percurso académico?

Honestamente, não. Queria sim ir nem que seja só no primeiro dia pois “não podes dizer que não gostas sem experimentares” não é? Mas nunca me imaginava a continuar durante três anos. Nem me imaginava comandar um curso que aprendi a amar. Entrei pela curiosidade do desconhecido e continuei pelo conforto que a praxe me proporcionava. Não estava nos meus planos académicos, mas sem dúvida que os melhorou a 200%.

Como descreves o sentimento de pertença à Praxe?

Nem sei como é que alguém consegue descrever tal sentimento. De forma muito simples, posso tentar explicar desta maneira: sabes quando tens um dia mau, frustrante em que parece que nada te corre bem e só te apetece chegar a casa, porque lá tudo se resolve? É a praxe, para mim. Sempre que ia para um dia de praxe, sendo caloira ou entidade praxante, todos os meus problemas ficavam à porta. Houve dias mais complicados “em que se traz os problemas da rua para casa”, mas sempre tive aquele refúgio comigo. E é isso mesmo que a praxe deve ser. Um local onde possas fugir à realidade do dia-a-dia.

Como foi assumir este cargo?

Assustador. É a palavra que melhor descreve todo este processo. Passei de uma caloira que nunca tinha tipo um dia enquanto Entidade Praxante (EP) na vida para Patrulha de Sociologia. Mas valeu a pena todos os segundos. Acabar o ano com um sentimento de realização, saber que dei o máximo por este curso que tanto amo e conseguir ver que transmiti todos os valores para as futuras entidades praxantes que virão é algo que nunca me tiram. Mas não o fiz sozinha, tive a melhor equipa comigo. Posso dizer com toda a certeza que sem o Marcos e a Lúcia não teria conseguido chegar até ao fim nem feito metade do que fiz. Fomos, sem duvida, um trio imparável.

Que características consideras essenciais para se poder assumir um cargo de chefia, neste caso como patrulha?

Não acho que haja um manual específico que tenhas de seguir para assumires um cargo na representação do teu curso, por isso é que todas as representações são diferentes e funcionam de forma diferente. Acredito sim que o amor ao mesmo tem de ser o ponto principal de cada pessoa. Claro que precisas de ter interiorizado os valores que a praxe iscspiana segue (respeito, empatia, união), mas lá está: não serias uma EP se não tivesses esses valores. Na praxe assumes uma posição que pode nem ser bem a tua forma de ser, fora da mesma, daí existirem patrulhas e representantes que eu, em primeira instância, não imaginaria naquele cargo, a terem feito um trabalho incrível. Tens de trabalhar conforme os caloiros que tens. As gerações mudam, a forma como as pessoas vêm e vivem a praxe muda, e um bom líder tem de se saber moldar a estas mudanças. Não tentar fazer sempre tudo igual à sua representação anterior.

Como é que ocupas o teu tempo?

Não tenho muito tempo livre para ocupar que não envolva a faculdade e o trabalho. E depois tendo a tendência de querer fazer tudo ao mesmo tempo. Não tenho tempo para nada e acho que tenho tempo para tudo. Meto-me em imensos projetos que nem sempre consigo acabar, o que acaba a ser frustrante.

Onde te vês daqui a cinco anos?

Com o curso acabado (o curso nunca se faz em três anos, não é verdade?) e, possivelmente, a estudar a minha área de interesse num país estrangeiro. Tenho imensa vontade em viver fora de Portugal, e espero que consiga atingir esse objetivo nesses próximos cinco anos.

Qual foi o momento que viveste, no teu percurso académico, que recordarás para sempre?

Eu passei muitos bons momentos que vou levar para sempre comigo. Mas sem dúvida que este 3º ano me marcou com mais intensidade. Nunca pensei que no meu último ano de licenciatura pudesse criar um grupo de amigos novo que me desse tantas memórias bonitas. Não tenho um momento específico para contar, mas sim um culminar deles, desde amizades que foram criadas tardiamente a até discussões que possam ter surgido pelo caminho.

Dentro do contexto de Praxe, que momento guardas com mais carinho?

Estou dividida entre o meu apadrinhamento e o pousar da capa. O primeiro porque foi o momento em que entendi o que significava pertencer à praxe, por ter duas pessoas que me acolheram com tanto amor e orgulho, que ainda hoje me acompanham em todas as etapas da minha vida. O segundo foi sem dúvida o mais comovente para mim, porque não tinha noção da quantidade de pessoas que o meu percurso na praxe influenciou, nem sabia que a minha decisão ia afetar tanta gente. E ver desde caloiros a veteranos chorar pela minha despedida vai ficar sempre no meu coração.

Qual a mensagem que gostarias de deixar a futuros caloiros?

Aproveitem o vosso primeiro ano. A praxe é sempre feita para vocês. Vocês é que são a alma desta. As EPs estão lá para tornar o vosso tempo na praxe o melhor de sempre. Não é brincadeira quando dizem que a praxe de Sociologia é a melhor (já ouvia isto antes de entrar no instituto). A união e paixão que irão sentir no curso é intoxicante. Honrem a camisola vermelha e branca que nos une como um só.

Escrito por: Rita Tavares

Editado por: Rafaela Boita

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