Madalena Vasconcelos é patrulha da praxe de Serviço Social (SS) no ISCSP. Fica a conhecê-la melhor com este Pente Fino!
Quem és? Como te descreves?
Considero-me uma pessoa simples, entusiasmada pelas pequenas coisas.
Porquê este curso? Foi a tua primeira opção?
Foi a minha segunda opção. Estava reticente sobre Serviço Social, porque não conhecia, foi por recomendação que me candidatei. Assim que comecei a ir às aulas era o que verdadeiramente queria, uma oportunidade de ter um impacto duradouro na vida de uma pessoa.
Porquê entrar na praxe? Foi algo que sempre quiseste para o teu percurso académico?
Apesar de ouvir falar muito sobre a praxe, no dia a dia não percebia o que era, então fui para experimentar. Isso era o que queria, pelo menos, saber por mim o que era.
Como descreves o sentimento de pertença à Praxe?
Único. Para mim, o melhor sentimento é quando não conheces a pessoa que está ao teu lado, mas ambos dão tudo naquele momento, para aquela praxe. É algo que nunca vou esquecer.
Como foi assumir este cargo?
Tive uma grande angústia de não ter praxado enquanto mestre e como veterana via o papel de forma completamente diferente, como guia. Tive receio que os meus desejos pessoais de continuar a praxar se sobrepusessem à minha responsabilidade como guia, também por sentir que era o tempo dos mestres praxarem como eu fiz enquanto doutora. Felizmente, com o trabalho espetacular da representação e das EPs consegui conciliar as duas coisas de forma natural.
Que características consideras essenciais para se poder assumir um cargo de chefia, neste caso como (patrulha/representante)?
Para mim, uma característica fulcral é conseguir pôr o curso acima de desejos pessoais que queiram aplicar na praxe. Acredito que têm de ser pessoas com capacidade de mediar conflitos e de conseguir separar papéis entre, por exemplo, amigo e EP/patrulha/representante.
Como é que ocupas o teu tempo?
Ler e estar com amigos.
Onde te vês daqui a cinco anos?
Quero sentir que trabalho com propósito e intenção, que tenho um impacto positivo na vida das pessoas que me rodeiam e com quem me cruzo.
Qual foi o momento que viveste, no teu percurso académico, que recordarás para sempre?
Os 3 confrontos que tive.
Enquanto caloira, ter a minha representante mesmo à minha frente a puxar por nós, enquanto sentia que ia desmaiar, a dar tudo em cada música.
Como doutora, estava de luto e aquele momento de união, de saber que tinha de dar tudo, foi uma oportunidade de libertar uma parte do que sentia, um conforto.
Enquanto veterana e patrulha, a ver os meus caloiros a darem tudo deles, as caras de determinação e vermelhas de esforço, é algo que nunca vou esquecer.
Dentro do contexto de Praxe, que momento guardas com mais carinho?
Na última praxe que tivemos, ter a oportunidade de cantar a força da nossa voz pela última vez, com o curso todo em redor.
Qual a mensagem que gostarias de deixar a futuros caloiros?
A quem não tem a certeza se quer ir à praxe por tudo o que ouve, vejam e sintam por vocês o que é verdadeiramente.
Aos caloiros, o amor ao curso é o que fica, são os momentos de união, em que choram e riem em conjunto é o que fica, o traje é uma pequena parte.

Escrito por: Rita Tavares
Editado por: Rafaela Boita