André Nogueira é bailarino e aluno do segundo ano de Ciências da Comunicação no ISCSP. O jovem esteve presente na 9.ª edição do Rock in Rio Lisboa com o grupo de dança Rebel Kidz Crew e a Team BRK.

André Nogueira é bailarino e inclusivamente já dá aulas de dança enquanto estuda Ciências da Comunicação no ISCSP. O aluno é ainda vice-presidente do núcleo do seu curso, o Núcleo de Ciências da Comunicação do ISCSP (NCC) e o Jornal desacordo esteve a conversar com ele no Rock in Rio Lisboa, onde atuou no Super Bock Digital Stage.

Esta é a primeira vez do jovem bailarino nos palcos do Rock in Rio Lisboa e afirmou que a experiência “está a ser muito divertida” e incrível, “o Rock In Rio é dos maiores eventos em Portugal e, por isso, com esta quantidade de público que nós temos, é sempre muito prazeroso”, acrescentando ainda que estão muito bem acompanhados no evento.

André Nogueira não iniciou o percurso com a dança há muito tempo, tendo se dedicado mais quando veio do norte para Lisboa estudar. Quando chegou à capital, o bailarino começou a fazer muitas aulas na Arcade Dance Center, e alguns castings e eventos desde aí.

No Rock in Rio, André atuou com a Team BRK, um projeto com quatro tiktokers, “inteiramente de dança, onde podem desfrutar de estar com quatro tiktokers, falar com eles, subir a palco e estar com eles” e os bailarinos, como André, acompanham e complementam o espetáculo fazendo danças e “coreografias ao nível mais elevado e também danças típicas do Tiktok”. O outro projeto com o qual atuou foi o Rebel Kidz Crew, um projeto de animação feito inteiramente por bailarinos “e o nome fala por si Rebel Kidz Crew, é loucura total”.

O bailarino esteve em palco pela primeira vez com personalidades famosas no digital, como é o caso de Rafael Alex e Constança Ariza. Quanto a isso, André afirma que “foi muito engraçado”, confessando que quando se vê tanto alguém no digital, nas plataformas como o Instagram, depois parece que os conhecemos e que quando se vê essas pessoas ao vivo sentimos vontade de falar com eles, porque sabemos muitas coisas sobre eles, no entanto, eles não sabem nada sobre nós. André Nogueira acha isso engraçado, porque em consequência há aquele primeiro contacto para tentar perceber se a pessoa tem uma personalidade idêntica à que vemos na internet. Nesse sentido, André afirma que tem sido bom trabalhar com os tiktokers porque “são pessoas fixes de trabalhar, têm ética profissional e dá gosto trabalhar com eles”.

André tem de conjugar a dança com os estudos e quanto a isso afirma que “é sempre aquela velha máxima que é estar a 100% onde nós estamos”. O bailarino defende que é uma questão de ir mudando as prioridades, isto é, se estamos na faculdade devemos nos focar a 100% nisso, se estamos no nosso trabalho temos também de fazê-lo a sério. O aluno confessa que “houve dias inteiros que eu tive de faltar, porque tenho muitas vezes ensaios das 10h às 17h” e afirma que o segredo é nos dedicarmos às coisas consoante necessário e “gerir o tempo”, confessando até utilizar o Google Agenda para se orientar. Resumindo, André afirma que é preciso uma gestão pessoal bastante assertiva para conseguir fazer tudo.

Em relação a fazer da dança a sua vida e perspetivas futuras, o aluno diz que “há cinco anos eu nadava (…), cinco anos depois estou no Rock In Rio, tenho dos maiores palcos do país”, confessando que é um processo engraçado, de muito trabalho, muitas noites, já que os ensaios são em regime pós-laboral.

André Nogueira termina confessando que a vida de artista não é fácil, mas que é “processo que vale a pena”, contribuindo para o autorreconhecimento e para a evolução do bailarino.

Podem ver a entrevista abaixo:

Escrito por: Rafaela Boita

Editado por: Filipe Ribeiro