Pente Fino: Maria da Luz Riley é Representante de Praxe de RI

Os Pentes-Fino estão a acabar! Fica a conhecer a outra representante da praxe de Relações Internacionais, Maria da Luz Riley.

Quem és? Como te descreves?

Sou uma pessoa sonhadora a ponto de ser às vezes um bocadinho cabeça no ar. O que mais valorizo na minha vida são a minha família e amigos, por isso torno-me super protetora com os que tenho mais próximos no meu coração. Tenho um feitio meio complicado, mas se me derem café, alimentarem ou abraçarem-me, eu acalmo e sou um doce de pessoa. Tenho ambição e brio em tudo o que faço, embora tenha uma tendência alarmante a procrastinar. Vivo sob constante stress e ansiedade, mas gosto de pensar que é a adrenalina que preciso para não me aborrecer no quotidiano e a base fundamental para o meu sentido de humor.

Porquê Relações Internacionais? Foi a tua primeira opção?

Durante muitos anos quis estudar Direito, mas depois lembrei-me que nunca fui de estar com a cara enfiada nos livros, precisava de algo mais dinâmico e de horizontes abertos, daí surgiu-me Relações Internacionais que no fundo era uma amálgama de todas as áreas que me interessam.

Porquê entrar na praxe? Foi algo que sempre quiseste para o teu percurso académico?

A praxe não foi algo que sempre quis, por assim dizer, mas sempre me despertou curiosidade. Sempre me recusei a julgar algo que desconheço, portanto dispus-me a experimentar. Depois do 2º dia estava muito cansada e com poucas horas de sono, considerei desistir, mas acabei por ir, ficando até um ano depois do fim da minha licenciatura.

Como descreves o sentimento de pertença à Praxe?

Fazer parte da praxe é como ter uma família muito grande e um pouco disfuncional, mas acabas por te ambientar ao barulho e caos e, quando te encontras sozinha, sentes falta dela. Tenho uma família pequena, então fazer parte de uma tradição já tão antiga, algo que era maior que eu, fez-me sempre sentir acolhida.

Como foi assumir este cargo?

Foi sem dúvida uma das maiores responsabilidades que já tomei a meu cargo. Quem não faz parte da praxe e lê isto deve-se rir por dentro, mas quem está lá entende. O curso é grande e repleto de pessoas opinativas, com as mais divergentes personalidades, então é sempre complicado tentar gerir. Ser Representante foi algo que me orgulhou, mas penso que o meu calcanhar de Aquiles foi e será sempre querer agradar toda a gente e, como sabem, isso é uma tarefa impossível.

Que características consideras essenciais para se poder assumir um cargo de chefia, neste caso como representante?

Penso que isso seja algo muito subjetivo, contudo só posso falar por mim. Um cargo de chefia exige, ao contrário da consideração de muitos, que se lidere não só com a cabeça, mas também com o coração. Tentava sempre ser empática e compreensiva, não só com os caloiros, mas também com os meus colegas, embora, como humana, tenho a certeza que posso ter falhado pelo caminho. Para estes cargos é também essencial não tomar decisões precipitadas, tentar sempre resolver as coisas da forma mais diplomática possível, mas ser-se firme após tomar uma decisão (sempre pensando no bem do grupo).

Como é que ocupas o teu tempo?

Gosto de ocupar o meu tempo livre com os que mais amo, as atividades que faço com eles, desde dormir uma sesta a ir a um bar, não me importam muito. Quando não estou acompanhada, preciso sempre repor a minha bateria social e aí opto por ver uma série ou ficar enterrada em livros tipo um eremita. Cozinhar e comer não são propriamente hobbies, é uma questão de sobrevivência, mas incluo-os porque sou foodie.

Onde te vês daqui a cinco anos?

Daqui a 5 anos gostava de arranjar o meu próprio ninho T1 para poder ser anti-social na minha própria casa. Até lá também teria feito um ano ou dois no estrageiro, em estudos ou trabalho. Vejo-me num emprego estável que não me traga infelicidade por sentir que vou obrigada e com um cãozinho sempre a fazer-me companhia. Sou uma pessoa simples e aborrecida, na verdade não sou muito exigente.

Qual foi o momento que viveste, no teu percurso académico, que recordarás para sempre?

É muito difícil reduzir só a um momento, mas posso atribuí-lo a um grupo de pessoas que me proporcionaram diversos momentos inesquecíveis. Sem querer ferir suscetibilidades, tendo em conta que isto são perguntas sobre a praxe, esse grupo de pessoas foi a Magna Tuna ApocalISCSPiana. Por muito que ame a praxe, a tuna é algo cuja vivência é muito mais duradoura e penso que me tenha visto crescer mais como pessoa. São as pessoas com quem mais passo o meu tempo, meses seguidos e muitas horas semanais com eles, contudo somos co-dependentes e arranjamos maneira de nos ver fora da faculdade quase todos os dias.

Dentro do contexto de Praxe, que momento guardas com mais carinho?

Provavelmente o meu traçar, guardo memória  de muitos abraços apertados, pessoas ranhosas de chorar e de ouvir o discurso da minha Representante na altura, Veterana Inês Marques, que muito me tocou a falar sobre a vivência de ser açoriana, cair de paraquedas em Lisboa e sermos apanhadas de braços abertos pela praxe de Relações Internacionais.

Qual a mensagem que gostarias de deixar a futuros caloiros?

Experimentem a praxe, de preferência deem mais que um dia como oportunidade, a primeira semana é um grande ajuste e pode-se tornar frustrante. O maior conselho que vos dou é que encarem o momento de praxe como um teatro. Os trajados estão lá a encenar um papel que na realidade não os representa totalmente, a tentar que, mesmo que seja para falar mal e se queixarem das Entidades Praxantes, vocês caloiros se unam. Porque a praxe é feita para vocês, a praxe é sobre vocês e a vossa presença lá é a razão pela qual a praxe existe. Nunca deixem ninguém dizer o contrário, o vosso 1ºano é para brilharem e desfrutarem.

Escrito por: Rita Tavares

Editado por: Maria Santos

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