Pente Fino: Matilde Ventura é representante de praxe do curso de Gestão de Recursos Humanos

Matilde de Sena Ventura é representante da praxe do curso de Gestão de Recursos Humanos (GRH). Adora a praia e GRH foi a sua primeira e única opção. Fica a conhecê-la melhor neste Pente Fino!

Quem és? Como te descreves?
O meu nome é Matilde de Sena Ventura, e há uma pequena frase que define toda a minha personalidade: “Quero ser criança para sempre”. Nasci e cresci em Cascais, o que é quase sinónimo de ter sido criada pelas ondas onde fui enrolada e pela areia que já comi. Custa-me horrores estar longe do mar, e a praia é sem dúvida o meu happy place.

Posso descrever-me como uma pessoa persistente, dedicada, exigente comigo mesma , muito sincera e com um sentido de humor duvidoso. Desde criança que não sei estar quieta, adoro desafios e sou muito chorona. Falo pelos cotovelos, e acho que o meu único talento é contar histórias da minha vida (umas mais interessantes que outras). Também não vivo sem música, e sou viciada na Beyoncé. Fazer as minhas pessoas felizes é o que me faz feliz. 

Porquê este curso? Foi a tua primeira opção?
Sim. Foi a minha primeira e única opção, desde o dia em que um familiar me falou no curso e eu decidi pesquisar um bocadinho sobre ele.

Para mim, a Gestão de Recursos Humanos é a mistura de duas coisas que eu adoro: pessoas e as atividades que esta dimensão acarreta, como Comunicação, Relações, Motivação, Apoio, entre outras; e a Gestão, que é a outra dimensão que eu adoro, mas tenho algumas dificuldades em descrever e explicar porquê. 

Porquê entrar na praxe? Foi algo que sempre quiseste para o teu percurso académico?
Eu não fazia a menor ideia do que era uma praxe até ao primeiro dia. Fui apenas porque estava completamente perdida, e no dia das matrículas um aluno (que curiosamente acabou por se tornar das pessoas mais importantes no meu percurso) insistiu comigo para experimentar. Como já disse, gosto de desafios, então fui completamente de olhos fechados. E foi das melhores decisões que já tomei na vida. 

Como descreves o sentimento de pertença à Praxe?
Nem todos sentimos da forma, mas vou ser o mais honesta possível. 

A praxe para mim é uma família e definiu todo o meu percurso académico e pessoal. Enquanto pessoa que, embora extrovertida, tem imensas dificuldades em fazer amigos e conhecer pessoas novas, posso afirmar com toda a certeza que se não tivesse ido à praxe não tinha conhecido nem metade das pessoas incríveis que conheci, não teria passado por todas as coisas boas que passei, não teria as mesmas oportunidades que tive e acima de tudo não seria quem sou hoje. Parece exagerado, mas este conjunto de fatores mudou mesmo a minha vida, e tudo começou na praxe. 

Com isto, acho que pertencer à praxe é aprendizagem, é união, é fazer amizades, e acima de tudo é criar memórias. 

Enquanto caloira, senti que na praxe podia ser eu, a 100%, porque tal como eu, estavam ali 50 outras pessoas que com certeza partilhavam os mesmo medos e perspetivas que eu. Não me sentia a mais, nem nunca me senti a menos. Sabem como é celebrar uma vitória num desporto coletivo? Eu nunca soube, e encontrei algo que acredito que seja muito parecido, na Praxe de Gestão de Recursos Humanos, mesmo que nas pequenas vitórias como sairmos estafados de um dia de praxe, e ainda assim tirarmos o melhor proveito possível. 

Enquanto Mestre e Representante, vi a praxe de uma forma completamente diferente. Senti muito mais responsabilidade, evidentemente, mas também senti o orgulho em estar no lado de quem ensina, de quem organiza para que os outros aprendam e se divirtam, e esta é a perspetiva que tenho de uma Entidade Praxante: fazer passar os valores e o amor à camisola.

Como foi assumir este cargo?
Foi um misto de emoções. Nunca ambicionei ter nenhum cargo na Praxe, mas sempre me imaginei como EP. Contudo, devido à situação em que todos fomos colocados, nomeadamente sermos mestres sem termos praxado alguma vez, senti que assumir a Praxe de Gestão de Recursos Humanos, ainda que como co-representante, foi ser completamente “atirada aos leões”. Candidatei-me em parte por peer pressure e muito muito muito a medo, mas desde o dia em que soube que tinha sido escolhida para Representante da Praxe de GRH, mudei o chip, porque por algum motivo teria de ser, e por isso usei a braçadeira com o maior dos orgulhos, pelo meu curso, e chego agora ao fim desta aventura a saber que fiz o melhor que soube. 


Que características consideras essenciais para se poder assumir um cargo de chefia, neste caso na praxe de Gestão de Recursos Humanos?

Bom, vai parecer clichê, mas:

  1. Humildade e Empatia, como em absolutamente tudo na vida;
  2. Ponderação, porque as nossas atitudes não passam despercebidas nem são inconsequentes, antes pelo contrário. É necessário calcular bem o que vamos fazer, antes de o fazer;
  3. Paixão, porque não vamos passar absolutamente nada a ninguém se estivermos ali por seja que motivo for senão a paixão pelo nosso curso e pelo que honramos ali;
  4. Genuinidade. A praxar, encaramos uma personagem. Mas essa personagem não pode nunca ir contra o que vocês acreditam. No dia em que isso acontecer, não será possível serem felizes ou estarem realizados com o que estão a fazer, e isso passa para o curso. 
  5. Altruísmo. É necessário saber dar, sem esperar nada em troca. Enquanto representantes, a responsabilidade não passa apenas por usar a responsabilidade ou andar com uma colher na mão. Por vezes é aceitar que teremos de nos prejudicar de alguma forma em prol dos Caloiros / do Curso.

Como é que ocupas o teu tempo?

Eu não ocupo o meu tempo. O meu tempo é que me ocupa a mim. Quero com isto dizer que, há muito tempo que não sei o que é procurar algo que fazer. 

Onde te vês daqui a cinco anos?

A trabalhar numa área e numa empresa com a qual me identifique realmente, em que me sinta realizada e me encha as medidas. Com sorte, que me dê um tempinho simpático para aparecer nas festas do ISCSP (mais uma vez, a querer ser criança para sempre).
Espero já ter estudado e morado fora, e regressado às minhas origens por essa altura.

Qual foi o momento que viveste, no teu percurso académico, que recordarás para sempre?
Tenho vários. É mesmo mesmo complicado escolher apenas um momento, mas se puder abranger um espaço temporal mais alargado, será o meu primeiro semestre no ISCSP. Sinto que foi tão intenso, tão cheio, tão rápido, que eu vivi uma vida em menos de seis meses.  Esses seis meses foram a altura em que me obriguei a integrar-me, em que conheci a praxe, em que conheci todos os melhores amigos que levo do ISCSP. 

Dentro do contexto de Praxe, que momento guardas com mais carinho?
Também é muito difícil indicar apenas um, mas acho que foi este ano, no primeiro semestre, a seguir ao confronto de GRH. Ganhámos o confronto, e por respeito não quisemos ter qualquer reação em frente ao curso que não tinha saído vitorioso. 

Todos os Caloiros e Entidades Praxantes saíram da Praça Monsanto, para fora do instituto, e foram calados até uma clareira onde ocorrem praxes várias vezes, atrás da faculdade de Medicina Veterinária. Não tenho bem presente qual o motivo, mas sei que fiquei um bocadinho para trás. Quando chego à clareira, vejo todos os caloiros num abraço coletivo a gritarem, saltarem, cantarem o hino e festejarem como uma verdadeira família. Assim, juntam-se também as Entidades Praxantes e gera-se a mesma energia.

Esse foi o momento mais marcante porque senti que os Caloiros, principalmente, sentiram ali o que era a união do curso, o que era ganhar alguma coisa com o seu esforço, dedicação, entrega e paixão. Vê-los a chorar de alegria encheu mesmo o meu coração, e vou guardar esse momento para sempre. 

Qual a mensagem que gostarias de deixar a futuros caloiros?
Acima de tudo vivam cada praxe como se fosse a última, assim como cada dia nesta vida académica. O tempo passa a correr, e quando damos por nós, estamos a escrever fitas acerca de momentos que, na altura, nos pareceram não ter um grande significado, e mais tarde vemos que aqueles foram os momentos que marcaram a nossa Licenciatura. Divirtam-se muito também , porque há tempo para tudo. Há tempo para a diversão, para a responsabilidade e há épocas de recurso também!

Deixo ainda o seguinte conselho: não se pressionem demasiado. Cada um tem o seu ritmo, e ninguém é igual a ninguém. Desafia-te, sai da tua zona de conforto, mas não te sobrecarregues. 

Escrito por: Maria Santos

Editado por: Rafaela Boita

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