Pente Fino: Miguel Silva é o Representante de Praxe de Antropologia

Fica a conhecer Miguel Silva, o já licenciado em Antropologia e que continua o seu caminho académico na área das Ciências da Comunicação. Para além dos estudos, a sua vida é agora marcada por mais uma ano como representante de praxe de Antropologia. Descobre mais sobre o seu percurso académico, as suas memórias e planos para o futuro.

Quem és? Como te descreves?

Eu sou um mero estudante universitário, o típico que veio de uma aldeia e que tem grandes sonhos a cumprir na grande cidade e, consequentemente, no mundo. Sou uma pessoa que sonha desmistificar o que ainda não está desmistificado. O objetivo final é quando tiver 80 anos sentir que cumpri o meu dever, em todos os domínios, mas principalmente na luta pela igualdade e na desconstrução da sociedade patriarcal em que vivemos.

Porquê o Curso de Antropologia? Foi a tua primeira opção?

É engraçado. Enquanto estava no secundário frequentei o curso de Ciências e Tecnologias, era um apaixonado por Biologia, mas as ciências exatas tinham vindo a deixar-me um pouco insatisfeito e resolvi procurar um curso fora dessa área. Comecei por ver cursos de artes, depois línguas, até que, numa madrugada, estava a ver a série “Bones” e a personagem principal diz que é antropóloga forense. Fiquei logo com o bichinho e fui pesquisar mais sobre isso. Decidi logo o meu caminho, ia para Antropologia para depois seguir ou Antropologia Forense ou Medicina Legal. Tinha o percurso académico todo decidido, Licenciatura em Lisboa, Mestrado em Coimbra e Doutoramento no Porto, portanto, sim, foi a minha primeira opção. Plot twist, agora estou a frequentar o Mestrado em Ciências da Comunicação no ISCSP.

Porquê entrar na praxe? Foi algo que sempre quiseste para o teu percurso académico?

Quando comecei a ter amigos a ir para a faculdade sempre me falaram muito da praxe deles e, sem dúvida, que é algo que marca o percurso académica de um estudante. Desde que acabei os exames do secundário que só falava de querer ir para a praxe – a minha mãe e os meus amigos começaram a ficar, genuinamente, preocupados.

Como descreves o sentimento de pertença à Praxe?

Para ser sincero é algo que não dá para descrever, é algo que se sente.

Como foi assumir este cargo?

Um sonho realizado, mas muita responsabilidade, que eu sabia que vinha acarretada ao cargo, mas que nem sequer imaginava. Fui Representante durante dois anos consecutivos e admito que é preciso ter estofo para estar num cargo deste género, não por sermos a hierarquia máxima dentro do curso, mas por sermos a cara do mesmo e termos imensas pessoas à nossa responsabilidade.

Que características consideras essenciais para se poder assumir um cargo de chefia, neste caso como representante de praxe?

Para assumir um cargo deste tipo, primeiro, tens de saber distanciar bem as coisas, a praxe e a vida social não se misturam. Depois, tens de ser paciente, resiliente, energético e, especialmente, rigoroso.

Como é que ocupas o teu tempo?

O meu tempo é ocupado com amigos, a estudar, ouvir música – um dos meus hobbies preferidos, a música está sempre presente no meu dia –, ver séries e ler.

Onde te vês daqui a cinco anos?

A ser jornalista de moda, numa revista ou independente.

Qual foi o momento que viveste, no teu percurso académico, que recordarás para sempre?

O meu percurso académico ainda não acabou, mas foi quando descobri, no segundo semestre do segundo ano de Licenciatura, que queria mesmo focar-me nos Estudos de Género e, também, o Seminário de Investigação de final de Licenciatura, onde fiz a minha primeira “investigação”.

Dentro do contexto de Praxe, que momento guardas com mais carinho?

Sem dúvida que o ano de Caloiro é sempre aquele mais especial, o qual tem imensas memórias que vou sempre recordar, mas se me obrigam a escolher um, terá de ser o meu Traçar da Capa, pois foi o culminar de todo o meu ano de Caloiro.

Qual a mensagem que gostarias de deixar a futuros caloiros?

Aproveitem, ao máximo. Persistam, no final tudo vale a pena, e as experiências que vos vão ser proporcionadas são únicas e permanecerão com vocês para sempre.

Escrito por: Rita Tavares

Editado por: Maria Santos

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