Fica a conhecer a Marta Pereira, licenciada em Ciência Política e agora Veterana e representante de praxe de Ciência Política.
Quem és? Como te descreves?
Eu sou a Marta, tenho 22 anos e sou de Grândola. Sou licenciada em Ciência Política e agora estou a terminar a pós-graduação em Comunicação e Marketing Político, aqui no ISCSP. É complicado descrever-me, no entanto, considero-me uma pessoa muito divertida, sempre a rir, sempre pronta para contar piadas (com muito pouca piada), mas igualmente intensa e emotiva.
Porquê este curso? Foi a tua primeira opção?
Durante os anos do secundário nunca tive 100% certezas do curso que queria fazer na universidade, mas quando investi um pouco do meu tempo a pesquisar, entendi que a área da política era um dos tópicos que mais me chamava à atenção, ainda que não fosse uma realidade próxima da minha. Ciência Política no ISCSP era a última opção, mas agora sei que era a mais acertada para mim.
Porquê entrar na praxe? Foi algo que sempre quiseste para o teu percurso académico?
Até entrar não tinha uma opinião formada sobre o que era a praxe, muito menos se era algo em que queria participar. No primeiro dia decidi experimentar para ter a oportunidade de criar a minha própria opinião, ainda que cheia de medo daquilo que pudesse acontecer. A verdade é que acabei por adorar a praxe, as Entidades Praxantes, os meus colegas e senti-me verdadeiramente integrada no curso. Para mim, que normalmente sou bastante reservada em ambientes que não conheço, a praxe foi uma peça essencial para quebrar a barreira da timidez inicial e fazer novas amizades.
Como descreves o sentimento de pertença à Praxe?
É uma pergunta complicada de responder porque acho que nunca vou conseguir fazer uma descrição fiel do sentimento que é. No entanto, talvez a melhor forma seja mesmo equiparar a praxe a uma segunda família, ainda que muito disfuncional. Todos os momentos e emoções que vivi na praxe fizeram com que construísse uma amizade e um laço muito especial com aqueles que passaram esses mesmos momentos comigo, quer tenham sido bons ou maus. E é mesmo esse o objetivo da praxe. Passámos por tanto, no tanto tempo que estivemos juntos, que já consideramos aquelas pessoas parte da nossa vida e temos a certeza de que vão estar lá para nos apoiar.
Como foi assumir este cargo?
Foi um verdadeiro desafio. Durante o meu percurso na praxe, não tinha a ambição de ser representante de curso, logo quando surgiu hipótese, foi algo extremamente ponderado, não fosse eu uma overthinker profissional e com imensas inseguranças! No entanto, é um cargo extremamente gratificante e ainda hoje agradeço às pessoas que puxaram por mim e acreditaram que devia arriscar.
Que características consideras essenciais para se poder assumir um cargo de chefia, neste caso como representante de curso?
Toda a gente tem uma opinião diferente sobre que características é que um representante deve ter, no entanto, do meu ponto de vista, a organização, a resiliência e o amor ao curso e à praxe são fatores muito importantes e que têm de estar presentes. Sem estas características é praticamente impossível levar o compromisso até ao fim. Não sendo uma característica, mas igualmente essencial, a equipa que escolhemos também tem um papel fundamental. Sem os meus patrulhas, e a paciência infinita que têm para mim e as minhas indecisões, não teria chegado tão longe.
Como é que ocupas o teu tempo?
Fora as obrigações que já fazem parte do meu dia-a-dia, não tenho nenhum hobby em específico que ocupe o tempo que tenho livre. Acabo por ocupar grande parte desse tempo com as pessoas que mais gosto, quer seja a passear ou só a beber uma cerveja enquanto falamos das coisas mais random possíveis.
Onde te vês daqui a cinco anos?
Não sei bem, mas gostava muito de saber. Independentemente de tudo, espero que esteja feliz e a trabalhar na área que estou a estudar agora.
Qual foi o momento que viveste, no teu percurso académico, que recordarás para sempre?
Felizmente, o meu percurso académico foi preenchido de bons momentos e que vou recordar para sempre, mas o mais marcante foi quando ouvi a tuna a tocar pela primeira vez, logo na primeira semana de caloira. Na altura ainda estava muito insegura em relação a todas as mudanças pelas quais estava a passar, mas quando ouvi a tuna senti pela primeira vez o espírito académico e todos os receios diminuíram bastante.
Dentro do contexto de Praxe, que momento guardas com mais carinho?
Escolher apenas um momento é quase impossível porque a praxe sempre me proporcionou muitos momentos que guardo com carinho, principalmente sendo tão sentimental. Contudo, os dois batismos em que estive presente (enquanto caloira e agora representante) foram ocasiões que me deixaram extremamente feliz e orgulhosa de pertencer à praxe de Ciência Política.
Qual a mensagem que gostarias de deixar a futuros caloiros?
Penso que a melhor mensagem que posso deixar a futuros caloiros é que devem aproveitar os próximos anos ao máximo. É a altura certa para arriscar e sair da zona de conforto, sem pensar muito em “E se…”. Sem dúvida alguma que são anos complicados e desafiadores, mas em que vão criar as melhores memórias, construir amizades que vão levar para a vida e crescer muito. Passa demasiado rápido para não aproveitar como deve ser!

Escrito por: Rita Tavares
Editado por: Rafaela Boita