Neste Pente Fino fica a conhecer um pouco mais sobre o estudante de terceiro ano e e patrulha da praxe do curso de Ciência Política, André Santos.
Quem és? Como te descreves?
Ainda me estou a descobrir, mas considero-me empenhado, dedicado, animado, de conversa fácil, sociável, mas com um feitio, por vezes, bastante difícil.
Porquê Ciência Política? Foi a tua primeira opção?
Ciência Política não era a minha primeira opção. Ciência Política e Relações Internacionais na Nova era a primeira opção, mas, olhando para trás, talvez tivesse trocado a ordem de preferências. Escolhi este curso sem saber bem o que queria. Sabia que queria algo abrangente numa primeira fase para depois ter as bases para uma especialização e Ciência Política pareceu me a melhor opção.
Porquê entrar na praxe? Foi algo que sempre quiseste para o teu percurso académico?
Logo no dia da receção ao caloiro decidi que queria experimentar a praxe. Pela tradição e para tornar o meu percurso académico completo, tinha de experienciá-la. Nunca pensei muito sobre isso, mas sempre pensei que não perdia nada em dar uma oportunidade e depois logo se via no que dava. Acabou por se tornar numa das melhores experiências que vivi até hoje.
Como descreves o sentimento de pertença à Praxe?
É difícil descrever esse sentimento por palavras, mas vou fazer o meu melhor. A praxe é muito mais do que simples atividades lúdicas e não pode ser, para quem realmente gosta dela, uma perda de tempo. A entrega à praxe tem de ser sincera e desinteressada, para que ela possa devolver em dobro aquilo que lhe damos. Valores como o trabalho de equipa, a confiança, o respeito e a lealdade demonstram-se no contexto de praxe e sentem-nos de forma diferente quem passou por esta experiência e quem deu uma hipótese à boa praxe e à praxe bem feita. A praxe não é o único caminho, mas é um caminho único.
Como foi assumir este cargo?
Assumi com muito orgulho e com muita responsabilidade. Não era um objetivo, nem nada que se parecesse, no entanto, quando acreditaram na minha capacidade senti um dever para com o curso. Não foi um ano nada fácil, mas sei que esta representação fez o que teve de fazer e teve um comportamento responsável para com o nosso muy nobre curso.
Que características consideras essenciais para se poder assumir um cargo de chefia, neste caso como patrulha?
Capacidade de organização, tranquilidade/cabeça fria, liderança com a capacidade de ouvir a equipa que lidera ou ajuda a liderar. Na praxe, importa, claro, ter em si todos os valores que mencionei em respostas a perguntas anteriores.
Como é que ocupas o teu tempo?
Não costumo ter muito tempo livre, mas, quando tenho, gosto de ouvir música, dar um bom passeio ou simplesmente conviver.
Onde te vês daqui a cinco anos?
Um dos meus principais objetivos é ter um emprego estável que me permita pensar em ter o meu próprio cantinho onde possa começar a construir família. Nunca se sabe o que o futuro nos reserva, mas sei que vou fazer tudo o que estiver ao meu alcance para me aproximar ao máximo do meu objetivo.
Qual foi o momento que viveste, no teu percurso académico, que recordarás para sempre?
A churrascada no final do primeiro semestre, mesmo antes de irmos para quarentena devido à pandemia. Sem dúvida que foi um momento marcante para mim e que me deixou muitas saudades tanto pelo convívio com o curso todo, como também talvez pelo tempo que passei em casa nos meses seguintes.
Dentro do contexto de Praxe, que momento guardas com mais carinho?
Podia mencionar o Batismo dos meus afilhados, que me encheu de orgulho, mas tendo de escolher apenas um, diria a minha primeira semana de praxe enquanto caloiro como um todo. Deixou muitas memórias e foi, sem dúvida alguma, a melhor forma possível de iniciar o meu percurso na faculdade.
Qual a mensagem que gostarias de deixar a futuros caloiros?
Procurem fazer mais na faculdade do que apenas tirar o curso. Queiram conhecer e dar-se a conhecer aos outros, porque sem dúvida que vão encontrar pessoas fantásticas no vosso percurso académico. Deem valor a estes anos porque vão ser dos melhores das vossas vidas se fizerem por isso! A experiência vai ser aquilo que fizerem dela, por isso, aproveitem bem, mas não queiram dar passos maiores que as pernas.

Escrito por: Rita Tavares
Editado por: Rafaela Boita