A 1ª edição da “Troca de Livros” organizada pelo NAPA no ISCSP

À esquerda encontra-se Raquel Alexandra e Afonso Jorge, membros do departamento de Relações Públicas do NAPA. À direita encontram-se os coordenadores gerais, Luisa Ruchinsque e Pedro Pagrosa.

O Núcleo Académico para a Proteção Ambiental (NAPA) organizou uma troca de livros no piso -1, à entrada do refeitório do ISCSP. O evento decorreu no dia 24 de novembro, das 10:00 às 18:00. Tratava-se de uma troca de livros em segunda mão e a recolha decorreu entre o dia 17 e 23 de novembro. Aos doadores foi entregue um vale para usarem na troca de livros, sendo a participação gratuita.

O Jornal desacordo realizou uma entrevista a um dos coordenadores gerais do núcleo, Pedro Pagrosa, onde foi esclarecida a origem e o objetivo da troca. A ideia surgiu no início do ano, em que foi feito um balanço das ações que já tinham sido realizadas, entre elas uma troca de roupas. Contudo, concluiu-se que uma troca de livros poderia vir a ser mais acessível às pessoas, algo mais diversificado e que ia ao encontro dos objetivos do núcleo.O NAPA tem como objetivo ser mais interventivo e pretende impulsionar a mudança nas pessoas da faculdade.

Na troca estavam incluídos livros de todos os géneros, qualquer pessoa podia doar e receber um livro. Somente os manuais, como por exemplo, manuais do secundário não são aceites e os livros para crianças apenas equivalem a um livro de adulto caso sejam entregues dois livros desse género. Em futuras edições os livros de criança podem continuar a ter este mesmo critério ou não ser aceites.

Estavam disponíveis inicialmente para troca 100 livros e possivelmente será realizada uma segunda edição no próximo semestre. No final do ano, os livros que sobrarem serão doados a uma instituição.

Esta ação promove assim a reciclagem, “nós queremos incentivar as pessoas a usarem objetos em segunda mão, tentar criar uma dinâmica em que as pessoas dão algo aos outros. Ás vezes nós temos coisas em casa que não usamos, como objetos, de todo o tipo, que deixamos de utilizar e assim alguém aproveita e recebe algo em troca. Aqui tentamos incentivar uma redução do consumo“.

O NAPA pretende fazer a diferença através destas ações, promover a diminuição da poluição e contribuir para um maior nível de sustentabilidade. A economia circular é reutilizar as várias áreas do que nós temos e isto é o principal objetivo, é reutilizar os objetos que temos e não produzir mais e mais, é tentar encontrar uma forma de equilibrar a sustentabilidade.

No núcleo, a união entre os membros não fica para trás, o convívio e as relações entre a equipa são muito importantes e fortes. Foi criada uma dinâmica interna, com o propósito de estabelecer uma “rede familiar, de amigos”. Sendo que pessoas com interesse em fazer parte do NAPA, são muito bem-vindas, basta inscreverem-se nos períodos de recrutamento nos vários departamentos, para além de que é uma forma de “mobilizar o núcleo”.

O Presidente do NAPA acrescentou ainda que o facto de muitas pessoas não conseguirem se desapegar de bens materiais foi dos maiores desafios que encontraram, afirma que “é algo que enfrentamos nos dias de hoje, muito por culpa da falta de educação ambiental. Isto acabou por ser uma barreira, porque muitos dos alunos que vinham ter connosco, diziam que não queria abdicar ou deixar os seus livros, muito por as pessoas hoje em dia serem apegadas aos bens materiais”. Pedro Pagrosa falou também de outro desafio, o de “conseguir mobilizar as pessoas é informa-las das atividades” e acha que nos dias de hoje “tem muito a haver com a rotina rápida das pessoas”.

A troca foi exclusiva a pessoas com ligação ao ISCSP, pois antes de ampliarem o seu espaço interativo querem verificar o desempenho desta atividade (entre outras). Se os resultados forem bons no ISCSP, futuramente, poderão intervir em mais espaços.

O Jornal desacordo contou também com alguns testemunhos de pessoas que participaram na atividade.

Na minha opinião o projeto troca de livros foi uma ideia muito boa, porque assim podemos sempre dar uma segunda vida aos nossos livros, que temos muitas das vezes em casa guardados em gavetas e esquecemo-nos deles. Assim, muitas pessoas podem achar interessante. Para além de não termos de gastar dinheiro em novos livros, estamos a reutilizar vários livros e a ser amigos do ambiente– Lulia Dochita, 18 anos, aluna de Admistração Pública.

Achei muito interessante a ideia da troca de livros, nunca tinha participado numa. Muitas vezes ficamos com os livros guardados numa estante a ganhar pó, porque já o lemos e não vamos ler mais, e assim arranjamos uma casa nova para eles e ganhamos “novos” livros. Ah e é grátis!– Rita Mateus, 24 anos, aluna de Ciências da Comunicação.

Na publicação abaixo do NAPA foram compiladas algumas imagens da primeira edição desta atividade.

Escrito por: Bianca Carvalho e Rafaela Boita

Editado por: Joana Horta Lopes

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