O que importa mais: um título ou uma história? Uma das maiores histórias da história dos Europeus. Superação nunca antes vista. Campanha improvável. Título moral.
Nem Jesus fez o mundo rezar como Eriksen. Todos os olhos do globo viam aquela cena, logo na primeira ronda. O primeiro susto. O maior susto.
Os minutos não passavam, era uma dor infindável, sem nem ter proximidade com o jogador. Desespero generalizado. Lágrimas nos olhos e alívio ao ver uma foto.
Surpresa com a volta do jogo e, a partir daquele momento, apoio sem fim pelo “bi”. Que poderia (deveria) chegar, inclusive.
A campanha foi consistente, a equipa jogou bem. A boa República Checa, que eliminou a Holanda, ficou para trás. País de Gales não viu a cor da bola.
Chegou o questionamento de Schmeichel: “Has it ever been home?” e na conferência de imprensa lembraram de 1966. No jogo, também.
A surpresa nórdica contra os poderosos ingleses. Jogo bom. Extremamente disputado e com a “Dinamáquina” abrindo o placard. Brilhante. Guião de sonho, até chegar o empate.
Ainda assim, o sonho existia. A equipa disputou a partida e segurou o resultado. Atacou e defendeu. Levou para os últimos 30 minutos de jogo. Mas neles abriu os olhos.
De uma forma errada. O mais errada possível. Sterling caiu, VAR ignorou. Um 66 moderno. Com toda a tecnologia. Com todas as câmeras. Com toda a injustiça.
Um final dececionante, de um conjunto que merecia mais.
Mas a história ficará para a eternidade.
E o que vale mais: um título ou essa história?
Escrito por: João Pedro Heleno Sundfeld
Editado por: Gabriel Reis