Samia Suluhu Hassan assumiu a presidência da Tanzânia no passado dia 19 de março, após a morte do ex-Chefe de Estado, John Magufuli, devido a complicações cardíacas. Especula-se que essas complicações foram influenciadas pela contração da Covid-19.

Após a morte de John Magufuli, ex-Presidente da República da Tanzânia eleito a primeira vez em 2015, que deixou um legado aos tanzanianos de melhoria e expansão dos serviços públicos essenciais como saúde e educação, a construção da central hidroelétrica Julius Nyerere, a reativação da Air Tanzania, o investimento no setor ferroviário e outras infraestruturas, a repressão da oposição e a desvalorização da crise do coronavírus, agora é uma mulher que está à frente da Tanzânia.
Samia Suhulu Hassan nasceu na Ilha de Zanzibar a 27 de janeiro de 1960, ainda sob o domínio britânico e tornou-se mestre em Desenvolvimento Económico Comunitário pela Universidade Livre da Tanzânia e pela Universidade do Sul de New Hampshire.
O seu percurso político começou em 2000 com a sua eleição enquanto deputada da Câmara de Representantes de Zanzibar e posteriormente ministra. Em 2010, concorreu a um lugar no Parlamento tanzaniano e venceu a votação com mais de 80% dos votos. No governo de Jakaya Kikwete, foi nomeada ministra de Estado para Assuntos Internos e em 2014 eleita vice-presidente da Assembleia Constitucional, o que lhe deu a oportunidade de fazer parte da redação da Constituição tanzaniana.

Em 2015, Suhulu Hassan juntou-se a John Magufuli na corrida à presidência, no cargo do vice-presidente, das quais venceram e esta ficou regularmente encarregue de representar Magufuli no estrangeiro. Em 2020 iniciou-se o 2º mandato, do qual Samia (agora acarinhada pelo povo de “Mama Samia“) irá levar até ao fim, até 2025, enquanto Presidente tal como diz a Constituição tanzaniana, dado o falecimento de Magufuli.
Na cerimónia de tomada de posse, Samia assegurou os tanzanianos quanto à sua preparação para a posição de Chefe de Estado, graças aos ensinamentos de Magufuli, e esperam-se mudanças socioeconómicas e políticas durante a sua presidência: nomeadamente em relação à gestão da pandemia da Covid19 e no papel preponderante que esta pode ter no combate ao terrorismo em Cabo Delgado, em Moçambique.
Escrito por: João Fonseca
Editado por: Miguel Brejo da Costa