As palavras têm um poder tremendo. Há palavras que nos fazem sorrir, que nos edificam; outras que nos destroem e perseguem.

Com a emergência das redes sociais as mensagens de ódio multiplicaram-se. A frieza, a maldade e crueldade invadem agressivamente o psicológico de seres humanos, que, ao contrário do que poderão pensar, não têm a obrigação de ser fortes. Para além de racional, o Homem é um ser que sente e, por isso, as palavras escritas são capazes de ser “como um cristal, algumas um punhal, um incêndio”.

Maioritariamente, a resposta é o silêncio. O silêncio pode ser visto como uma postura de sabedoria, mas na verdade, não passa de uma reação magoada. Os comentários feitos arrastam consigo consequências devastadoras. Geram-se medos e inseguranças que levam crianças, adolescentes e adultos a suicidarem-se por não aguentarem a pressão verbal feita pela sociedade. O direito à liberdade de expressão foi difícil de alcançar e, efetivamente, é um direito que permite exprimir a opinião pessoal, contudo, não permite a violação de princípios éticos e morais, como atualmente acontece.

Numa era digital onde é possível escolher o que se quer transmitir, destroem-se vidas só porque sim, por inveja ou puro prazer. A difamação, a injúria e calúnia correm a uma velocidade galopante pelos pequenos ecrãs.

Por fim, é importante compreender a diferença entre esta repugnante atitude e a crítica, que bem fundamentada e analisada consegue ser construtiva e útil. Utilizar com mestria as palavras não é tarefa difícil, exceto para aqueles que preferem viver dentro do seu egoísmo e imaturidade.

Fica a esperança de um dia tudo mudar e ser possível viver em comunidade sem medo de sermos verdadeiramente quem somos e sem medo de não conseguir alcançar equilíbrio emocional devido à maldade de outros.

Este artigo de opinião é da pura responsabilidade do autor, não representando as posições do Desacordo ou dos seus afiliados.

Escrito por: Maria Santos

Editado por: Inês Conde