Aos 25 anos, Miguel Oliveira é já o máximo representante do motociclismo português e apresenta um historial que nos deixa a certeza de que vamos ver muitas vezes a bandeira portuguesa ser hasteada por esse mundo fora nos pódios de MotoGP.
Nascido em Almada, no ano de 1995, Miguel Ângelo Falcão de Oliveira, desenvolveu desde muito cedo um gosto enorme pelas motas. Aos 9 anos iniciou a sua carreira no motociclismo, ficando em 4º. lugar no ano da sua estreia no campeonato nacional de MiniGP.
Os anos foram passando, e o motociclismo português mostrava-se cada vez mais limitado para as capacidades do Almadense, tendo sido coroado campeão nacional duas vezes seguidas, em 2005 e 2006, entre outras conquistas e participações.

Miguel Oliveira estreava-se em 2011 nos campeonatos mundiais. Um ano atípico e cheio de contratempos, onde apenas fez 11 corridas. Depois de um início complicado, o Português volta a tempo inteiro no ano de 2012, aquele que se considera o primeiro ano a sério do Falcão nos campeonatos mundiais de Moto3. Esteve 5 anos nesta categoria, passando por equipas como Estrella Gallicia, Mahindra Racing e finalmente a Red Bull KTM (Ajo Motorsport). Ao todo foram 79 corridas, 6 vitórias (todas no último ano – 2015) e 13 pódios. Acabando assim, 2015, como vice-campeão da categoria terciária do campeonato mundial.

A passagem pela Moto2 foi mais curta, apenas três anos. Começou por representar a Leopard Racing, seguindo-se, novamente, nos dois anos posteriores, a Red Bull KTM (Ajo Motorsport). Na íntegra, foram 50 corridas, 6 vitórias e 21 pódios, conquistando assim a medalha de bronze em 2017 e a de prata em 2018.

Em 2019, dá-se a tão esperada mudança do Einstein (como lhe chamam no Paddock) para a prova rainha, o MotoGP. Continuando ao serviço da Red Bull KTM, mas desta vez feita integrando a equipa da Tech3 (nova estrutura satélite do construtor austríaco), Miguel Oliveira tem mostrado aquilo de que é feito, contando já com 30 corridas e duas subidas ao pódio… ambas em primeiro lugar.
De realçar ainda que a primeira pole position do piloto luso foi alcançada nada mais nada menos do que na sua própria “casa”, no passado dia 21 de novembro, em Portimão. No dia seguinte, ganhou a corrida de forma brilhante e sem que restassem quaisquer dúvidas, dominando desde a primeira curva até à linha da meta. Terminando, assim, o ano em grande forma, e deixando não só os fãs de MotoGP, como todos os portugueses a fantasiar sobre o futuro entusiasmante que aí se aproxima.

Escrito por: Renato Soares
Editado por: Rafaela Boita