O primeiro a ficar infetado ganha um prémio monetário.
O Alabama é um dos estados mais polémicos dos EUA, seja pela sua associação ao incesto, pelas suas políticas controversas ou pelo paradoxo eleitoral do qual foi protagonista no final do século XIX.
Atualmente, em tempos de pandemia, este estado do sul está envolto em mais uma situação insólita, pois parece ser o epicentro de uma nova tendência relativa ao novo coronavírus: os concursos de COVID-19. Estes concursos estão a ser organizados maioritariamente por jovens universitários e consistem em festas nas quais o primeiro participante a ser diagnosticado como infetado por um médico ganha um prémio monetário – supostamente equivalente ao dinheiro acumulado da venda dos bilhetes para o evento, como adianta o chefe de bombeiros Randy Smith.
Estão a ser realizadas principalmente na cidade de Tuscaloosa, que tem cerca de 100 mil habitantes. A respetiva autarca, Sonya McKinstry, já se pronunciou sobre a situação, expressando indignação e descontentamento, afirmando ter pensado, inicialmente, que a existência dos concursos não passava de um boato, mas que depois de investigar foi confirmado tanto pelas autoridades de saúde como pelo próprio Estado. Deste modo, a câmara municipal já começou a trabalhar para por termo ao sucedido.

De momento, os Estados Unidos da América são o país no qual a pandemia está a ter maiores efeitos, tendo já registado quase 3 milhões de casos de COVID-19 e mais de 130 mil mortes. O estado do Alabama, por sua vez, já registou cerca de 40 mil casos e quase mil vítimas mortais.
Escrito por: Beatriz Gouveia Santos
Editado por: Júlia Varela