Jogada a jornada 21 da presente edição da Liga NOS, a luta pelo título de campeão nacional ficou ainda mais equilibrada: o Benfica voltou a perder pontos (derrota caseira frente ao S.C. Braga por 0-1), enquanto que o F.C.Porto voltou a vencer, reduzindo a desvantagem pontual para apenas um ponto.

Começando pelo jogo no Estádio da Luz: o atual campeão nacional não conseguiu superiorizar-se a uma equipa bracarense totalmente diferente (para melhor) desde a chegada de Rúben Amorim. Num jogo bastante equilibrado, a equipa do Sporting de Braga apresentou-se muito sólida defensivamente: chegou à vantagem com um golo de João Palhinha no final da primeira parte, na sequência de um pontapé de canto. Caso o poderio demonstrado no contra-ataque tivesse resultado em golos, o S.C.Braga poderia ter garantido uma vitória mais expressiva.

A equipa do Benfica demonstrou alguns aspetos claramente deficitários: foram muito poucas as oportunidades de golo criadas (sobretudo na 2ª parte, com exceção à bola rematada ao poste por Carlos Vinicius). A isto acrescenta-se ainda o desgaste físico que alguns jogadores evidenciaram (casos de Pizzi e Grimaldo): por muito importantes que sejam numa equipa, permanecerem em campo 90 minutos terá sido uma decisão acertada? Com isto, chegamos à última das conclusões que se pretende retirar: Bruno Lage mexeu mal na equipa. Retirar Cervi prejudicou, claramente, a parte criativa do processo ofensivo e as entradas de Dyego Sousa e Seferovic não trouxeram qualquer benefício pois não havia quem fizesse a bola chegar a estes jogadores (finalizadores).

Já no domingo, o F.C.Porto deslocou-se ao sempre difícil estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães, para defrontar o Vitória S.C. O jogo, infelizmente, ficaria marcado por um conjunto de incidentes provenientes das bancadas, incidentes esses que tinham como alvo o jogador portista Marega (que já representou, inclusive, o Vitória). 

No que ao jogo respeita, mais um belo espetáculo de futebol: o F.C.Porto venceu por 1-2 mas o resultado poderia, perfeitamente, ter sido outro. Ambas as equipas criaram múltiplas oportunidades de golo, num jogo em que as balizas foram constantemente ameaçadas: os “dragões” adiantaram-se no marcador após 10 minutos de jogo (Sérgio Oliveira rematou à barra, sendo que a bola bateu nas costas do guarda-redes Douglas e acabou por entrar); o Vitória alcançou o empate no início da segunda parte (Ola John trabalhou bem na ala esquerda, cruzando a bola para um cabeceamento irrepreensível de Bruno Duarte); Moussa Marega estabeleceu o resultado final decorria o minuto 60 tendo sido por isto e pelos fatores externos ao jogo, o protagonista deste encontro.

Em suma, o Benfica teve oportunidade de aumentar no jogo do Estádio do Dragão a vantagem pontual em relação ao segundo classificado para 10 pontos. As derrotas nesse encontro e na receção ao Sporting de Braga, em conjunto com as vitórias portistas, fizeram com que a diferença pontual passasse de 7 pontos para apenas 1, reacendendo outra vez a discussão pelo título de campeão nacional que muitos ousavam dizer que já estaria “entregue”.

Nota final para o regresso das competições europeias, em que Portugal estará representado por 4 equipas na Liga Europa: S.L. Benfica, F.C.Porto, Sporting C.P. e S.C.Braga.

Escrito por: Filipe Ribeiro

Editado por: Mariana Mateus