Esta semana, o Lá Para Dentro debruça-se sobre a equipa de Turim onde atua o português Cristiano Ronaldo: com um plantel de luxo fruto de um grande investimento no passado mais recente, a equipa de Maurizio Sarri está longe de reunir o agrado dos adeptos tendo em conta a fraca qualidade exibicional.

Comecemos por analisar a prestação na Serie A italiana: ocupando o segundo lugar a um ponto do líder Inter de Milão (orientado pelo antigo treinador da Juventus Antonio Conte), têm sido muitas as vitórias tangenciais da “Vecchia Signora”, assim como a soma de dois empates em jogos teoricamente faceis: na deslocação ao terreno do promovido Lecce (14ºclassificado) e, no passado domingo, na receção ao Sassuolo (que ocupa o 15ºposto). A estes empates, poder-se-iam acrescentar muitos mais se não fosse a qualidade excecional de jogadores como Cristiano Ronaldo, Dybala, Douglas Costa, entre outros a garantirem vitórias por várias vezes em partes finais de encontros.

No que à Liga dos Campeões diz respeito, os resultados são bem melhores em comparação com o que se sucede a nível interno: a Juventus já garantiu o apuramento para a próxima fase e, mais do que isso, o primeiro lugar do grupo D (que conta com a participação dos espanhóis do Atlético de Madrid, dos alemães do Bayer Leverkusen e, por fim, dos russos do Lokomotiv de Moscovo). No entanto (e apesar dos resultados), destacam-se pela negativa ambos os encontros com a equipa russa, em que os italianos estiveram muito perto de serem surpreendidos (duas vitórias por 2-1, uma delas alcançada no período de compensação).

Tal como já foi referido, no início da presente temporada, a direção da Juventus promoveu uma troca entre Massimiliano Allegri e Maurizio Sarri que não está, de todo, a ter os efeitos desejados.

Contando com um plantel de luxo, o italiano não consegue com que os “Bianconeri” pratiquem um futebol apelativo e que, assim, consigam alcançar vitórias mais expressivas. No que ao setor ofensivo diz respeito, o baixo rendimento de Cristiano Ronaldo na presente temporada (que, inclusive, já não é titular absoluto como era com Allegri), assim como o afastamento de Mario Mandzukic (que não entra para as contas do técnico) destacam-se pela negativa. No que ao setor defensivo diz respeito, as fragilidades apresentadas não podem ser ignoradas – destaca-se o fracasso que tem sido a aposta em De Ligt (contratado ao Ajax de Amesterdão na presente temporada), que não está a corresponder às expetativas dos adeptos (ou seja, conseguindo ser um substituto “à altura” de Chiellini, ausente por lesão).

Quando tudo levava a crer que a Juventus seria uma equipa “demolidora” na presente temporada, tal não acontece. Maurizio Sarri não está a conseguir implementar as suas ideias e a estabilidade do plantel já começa a ser posta em causa. Pela positiva, pode-se afirmar que só se tem destacado Paulo Dybala, que ficou “tapado” após a chegada de CR7 na temporada transata e que, agora, tem sido uma peça importantíssima para o técnico italiano.

Conclui-se, assim a edição desta semana, numa altura em que se entende que, caso o nível exibicional não melhore, Maurizio Sarri corre sérios riscos de não concluir a presente época desportiva ao serviço da Juventus. No entanto, aproxima-se o Mercado de Transferências de inverno, que se pode vir a revelar fundamental não só para colmatar algumas das muitas falhas apresentadas, como também para dispensar algumas das muitas estrelas que não estão a ter o espaço e rendimento desejado. Resta-nos aguardar e ver como se vai desenrolar toda esta situação, que vem marcando o panorama futebolistico internacional.

 

Escrito por: Filipe Ribeiro

Editado por: João Rego