Peaky Blinders: o gangue britânico mais famoso da televisão

A ascensão mediática da série que retrata o desenvolvimento de um dos gangues britânicos mais famosos de sempre, os Peaky Blinders, não tem passado despercebida. Tanto as audiências internacionais como as grandes plataformas de streaming online, viraram de novo os holofotes e a atenção para a quinta temporada da série, que estreou no passado dia 25 de agosto e que desde dezembro de 2017 (data do lançamento da quarta temporada) criava cada vez mais expectativa e ansiedade aos fãs da série.

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A primeira temporada foi estreada em 2013.

Peaky Blinders é uma série de televisão britânica que se estreou na esfera televisiva a 12 de setembro de 2013, transmitida pelo canal BBC Two (segundo canal televisivo da British Broadcasting Corporation), que conta a história de um gangue da cidade de Birmingham, e como este construiu o seu “império” desde o fim da 1.ª Guerra Mundial através dos seus principais protagonistas, a família Shelby, com destaque para o protagonista da série e líder do gangue, Tommy Shelby.

Sobre os atos de Tommy Shelby e a sua família e amigos, a série dá um olhar mais próximo daquilo que foi também a realidade britânica, destacando a forma de atuar fria, macabra e ilegal à imagem de um gangue que conseguiu, demonstrando ao longo das temporadas, chegar à ribalta da sociedade britânica partindo do zero (uma sociedade também afetada pela crise da 1.ª Guerra Mundial), saindo das ruas escuras de Birmingham, passando pela vida mais moderna de Londres, chegando a locais da maior importância política e social. A série, em que os protagonistas se caracterizam pelo seu penteado e pelas boinas com lâminas que identificam os membros do gangue, tem ao longo das temporadas apostado em trazer mais e melhorar pequenos pormenores, comprometendo-se a não baixar a fasquia que tornou conhecida a série.

Nesta quinta temporada, continua a destacar-se o compromisso de, apesar de todos os inimigos que rodeiam e tentam derrubar a família Shelby e os Peaky Blinders, que são cada vez mais poderosos, dar destaque à forma como o enredo se desenrola pelos pensamentos, emoções e características do protagonista Tommy Shelby. Revendo caras conhecidas da série, para além do protagonista (levado a cabo pelo ator Cillian Murphy), reencontramos personagens icónicas da série como o descontrolado e emocional Arthur Shelby, o irmão mais novo de Finn Shelby, a conselheira e mística Tia Polly, o seu filho Michael, Ada Shelby, Lizzie Starke, entre outros. Trazendo cada personagem o seu toque característico pessoal e acrescentando o contorno perfeito da vida de Tommy Shelby.

Nesta temporada manteve-se de igual modo o equilíbrio entre uma onda de drama da vida de gangster das personagens misturada com uma pequena dose de humor, que refresca momentos dos episódios e dá mais um toque característico da série que os fãs agradecem. O suspense é constante, e entre os pequenos pormenores melhorados, é dado o devido destaque à realização das cenas e imagens passadas para o ecrã, com a perfeição até ao mais pequeno detalhe.

A dimensão dos problemas que afetam as personagens da série são cada vez maiores e a pressão com que têm de lidar cresce em paralelo, onde somos levados para o patamar da corrupção política e confrontos étnicos (onde Tommy Shelby terá um papel de destaque cada vez maior e mais importante) e todo o mal que existe nessas esferas, que até ali os Peaky Blinders nunca tinham enfrentando, levando a uma insegurança e incerteza do desfecho.

É então mais uma temporada que durante todos os seis episódios (cerca de uma hora cada) sentimos a necessidade de saber o que vai acontecer, prendendo os espectadores e levando a partilhar os sentimentos destacados pela série, e consequentemente cria uma ligação próxima à família Shelby e à própria maneira e “ordem dos Peaky Blinders”.

Este artigo de opinião é da pura responsabilidade do autor, não representando as posições do desacordo ou dos seus afiliados.

Escrito por: João Feliciano

Editado por: Cláudio Nogueira

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