O futebol como o conhecemos tem sofrido muitas alterações ao longo dos tempos. Contudo, num passado recente, eis que surge algo que promete revolucionar o futebol tal como o conhecemos, sentimos e vivemos.
Refiro-me ao Video Assistant Referee, conhecido como VAR. Esta inovação começou por ser vista como uma ideia que seria dificilmente concretizável. Ainda assim, e após os primeiros testes por todo o mundo, chega a Portugal, na final da Taça de Portugal 2016/2017. Mais tarde, foi estreado pela FIFA no Mundial 2018, realizado na Rússia.
Atualmente, é possível fazer uma análise em relação à prestação do VAR em Portugal e também no resto do mundo. Esta ferramenta de auxilio na tomada de decisões do árbitro é vista ainda de duas formas distintas.
Se de um lado podemos ouvir que tal inovação veio minimizar os erros dos árbitros e aliviar a pesada pressão sobre os mesmos, por outro, que se desperdiça demasiado tempo na análise de alguns lances que acabam por retirar interesse/fluidez ao próprio jogo.
Neste sentido, e para quem observa hoje jogos de futebol com regularidade, leva-nos à derradeira pergunta: preferimos o perfeccionismo e a razão ao anterior futebol, onde predominava a dinâmica mais fluída e mais emocionante?
Serão os jogadores e adeptos cada vez mais influenciados ao ponto de não festejarem um golo de imediato por receio de ser anulado pelo VAR?
Em causa não está a sua utilidade em relação ao que é a defesa da tão aclamada “Verdade Desportiva” mas sim daqueles que são os sentimentos mais espontâneos ao ver um golo.

O futebol mudou. Avanço ou retrocesso? Só o tempo dirá. Ainda assim, fica a certeza de que é uma paixão para milhões de pessoas de todas as idades espalhados por todo o mundo, com ou sem VAR.
Este artigo de opinião é da pura responsabilidade do autor, não representando as posições do desacordo ou dos seus afiliados.
Escrito por: Gabriel Reis
Editado por: João Rego e Cláudio Nogueira