Depois da final do festival realizado o ano passado em Lisboa ser denominada das mais imprevisíveis dos últimos tempos, a final da Eurovision 2019 Tel Aviv luta pelo título de uma das mais controversas.
Deu-se ontem como terminada a época da Eurovisão, começada a 14 de Maio com a primeira semi-final, tendo ainda ocorrido a segunda a 16 de Maio.
O festival anual, em que países europeus (e outros convidados) trazem canções originais e lutam pelo primeiro lugar, aconteceu em Israel, o país vencedor da edição passada, que, como manda a tradição, se torna o anfitrião da Eurovisão seguinte.
Portugal acabou por não fazer parte desta final, tendo o cantor Conan Osíris sido eliminado logo na primeira semi-final.
Com alguma discrepância entre os votos dos jurados dos vários países e do público, como já é habitual, foi a Holanda, com a música Arcade, interpretada por Duncan Laurence, a vencedora do festival deste ano. Com esta vitória, os Países Baixos somam já 5 troféus.
Mas este ano, além da excentricidade pela qual a competição já é conhecida, a Eurovisão encontrava-se desde cedo envolta em controvérsia, com a decisão de realizar o festival na cidade de Tel Aviv. Face à tensão atual entre Israel e Palestina, foram várias as personalidades que apelaram ao boicote do festival por parte dos concorrentes dos outros países e até a Madonna, artista que acabou por atuar no final do espetáculo. Durante a distribuição de pontos, os concorrentes de Islândia, a banda Hatari, que já tinham chamado à atenção com a sua performance provocante, ergueram bandeiras da Palestina, gerando logo uma reação agitada pela audiência.
Marcado ainda pelo reforço da mensagem de apoio à comunidade LGBT+, apelo ao amor e ao fim do ódio, e pela presença de vencedores icónicos passados, basta agora aguardar a Eurovisão 2020, que será então realizada na Holanda, e que, como sempre, prometerá ser um evento que dará que falar.
Escrito por: Magda Farinho