Adaptado do romance pós-apocalíptico de Josh Malerman e realizado pela dinamarquesa Sussane Bier, “Às Cegas” (Bird Box) chegou à Netflix no passado dia 21.

O filme conta com Sandra Bullock no papel principal como Malorie, uma mãe disposta a tudo para salvar os filhos num mundo em que há uma criatura não identificada à solta, que faz com que as pessoas se suicidem, bastando apenas olhar para ela; deste modo, a única maneira de sobreviver é não abrir os olhos.
A narrativa alterna entre o presente, no qual Malorie está no barco com as crianças a quem chama Rapaz e Rapariga, a tentar chegar a um local seguro, todos vendados, e cinco anos antes, quando tudo começou. Para fazer o papel, a atriz americana teve aulas com um coach cego, que trabalha com pessoas que acabaram de perder a visão e que se têm de adaptar à nova condição.
Bier fez um trabalho impressionante ao mostrar-nos um Apocalipse traumático, claustrofóbico e desesperante, e a experiência é ainda mais emocionante graças à representação de excelência de Bullock. No entanto, nesta narrativa distópica, as personagens comportam-se de uma maneira previsível, o que faz com que “Às Cegas” não traga nada de novo ao género pós-apocalíptico
Com um cheirinho a Stephen King e uma aproximação a “Um Lugar Silencioso”, o filme conta ainda com a participação de Trevante Rhodes, John Malkovich, Jacki Weaver e Sarah Paulson.
Nota: 7/10
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