51ª Edição da Moda Lisboa

Entre 11 e 14 de outubro decorreu mais uma edição da Moda Lisboa, que teve lugar no Pavilhão Carlos Lopes. O objetivo foi mostrar as propostas dos designers para a estação de primavera/verão de 2019 (SS19), assim como, dar destaque a novos criadores.  O desacordo esteve presente e conta-te tudo.

Na quinta feira, dia 11, o evento começou com a chamada fast talks que, este ano, teve o intuito de abordar a diferença existente, hoje em dia, entre o fashion e o street fashion e o modo como a indústria se encontra preocupada por desviarmos as nossas atenções para as chamadas influencers.

Sexta feira, dia 12,  ficou marcado pela criatividade de novos designers emergentes. Este ano o concurso, que dá destaque a estes novos criadores, teve uma ligeira mudança nas regras. Em vez de ser definido o vencedor final, existem duas fases. A primeira, que decorreu neste mesmo dia 12 e uma outra, que decorrerá em março de 2019. Foram 10 os designers que expuseram as suas coleções ao mundo da moda, sendo que apenas seis foram escolhidos pelos jurados a passar à próxima fase.

Deste modo, foram selecionados nomes como Archie Dickens, designer britânico que se mudou este ano para Portugal, Carolina Raquel, vencedora do prémio fashionclash, que terminou este ano o curso em Londres, sendo a coleção mostrada no trabalho final da sua licenciatura. Frederico Protto, natural do Uruguai, no entanto, residente e aluno em Viena. Opiar, ou Artur Dias, que pisou pela segunda vez a passerelle da Moda Lisboa. Rita Carvalho, que regressa novamente à capital com a coleção intitulada “Não degenera” e, por fim, as últimas finalistas, The Co.RE, vencedoras do prémio the feeting room, composta pelas designers Rachel Regent e Ines Coelho, que criaram esta parceria na sua segunda licenciatura, tirada em Nova Iorque. A energia criativa e a exploração dos materiais revelam não só a entidade de novos designers, como o papel transformador e decisivo da moda.

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Após as apresentações de sangue novo , destaque para mais dois desfiles: o de Valentim Quaresma, com a sua coleção Revolution, que, como o próprio nome indica, nos transportou para  a revolução dos anos 20, com influências da Art Deco e o desfile de Ricardo Preto, que mostrou ao público que se encontrava no pavilhão a sua coleção Now, caracterizada por assimetrias e conjugação de padrões improváveis, uma apresentação pensada para as mulheres contemporâneas.

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O terceiro dia do evento (dia 13) começou com a apresentação de Nuno Gama, que comemora  25 anos da marca. O criador português apresentou a sua coleção no Museu Nacional de Arte Antiga, colocando os modelos espalhados ao longo do museu, fazendo parte integrante da exposição, também eles obras de arte. Marcada pela cultura portuguesa, é a forma como o designer descreve a sua nova coleção. De fatos clássicos a contemporâneos, chunky sneakers a sapatos clássicos, do preto ao néon, foi assim a diversificada Porto Graal de Nuno Gama.

Patrick Pádua apresentou, já pela noite, a coleção She, que se destacou pelas peças oversized e pelo estilo sportswear. Manteve-se fiel ao preto e branco característico da marca, contudo, pincelou a coleção com o vermelho, azul, amarelo, roxo e laranja, para uma primavera mais colorida.

Para fechar o penúltimo dia, Luís Carvalho apresentou Cherry. Pela parte do criador, a próxima estação terá como principal inspiração as cerejas, com peças também elas em oversized com um toque retro.

Neste dia passaram pelo pavilhão nomes como AwayTomars, Constança Entrudo, Alexandre Moura, Cia Marítima, Aleksandar Protic e Ricardo Andrez.

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Domingo foi o último dia de Moda Lisboa. IMAUVE abriu o dia, no lago do botequim do rei, seguida pela Duarte. Já no pavilhão Carlos Lopes, a estreia começou com Carolina Machado.

De seguida, Andrew Coimbra brilhou no desfile com a sua proposta para a primavera/verão de 2019. Uma coleção clássica, leve e solta, conjugadas em peças simples para o quotidiano. As paletas de cores que predominaram foram o vermelho, preto, bege e verde lima.

Apesar dos atrasos, por volta das 19h entra Filipe Faísca, nome já bem conhecido na indústria, que apresentou a sua coleção, Inocência. Destaca o tradicional bordado da madeira nas suas peças e não desiludiu a assistência, que esteve sempre atenta.

O fim de mais uma edição da Moda Lisboa coube a Dino Alves e à sua coleção, que dá pelo nome Tudo O Que Somos. O criador refere que a moda é uma forma de expressar o seu interior, que a nossa imagem “deve vir de dentro para fora e a roupa deve ser uma extensão de nós mesmos”. A sua proposta para a SS19, mostra, literalmente, o interior de cada um de nós, colocando-nos a nu. Também conseguimos observar o predomínio de cores neutras, à exceção de algumas peças em vermelho e lilás.

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Os próximos desfiles em Lisboa são em março mas, até lá, já ficámos com uma perceção de que tendências estarão presentes na próxima estação: assimetrias, cores vivas, peças fluídas, oversized e confortáveis, chunky sneakers são algumas das sugestões.

Escrito por: Mariana Rodrigues

Editado por: André Blayer

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