No passado dia 14 de fevereiro, os EUA viveram mais um massacre perpetrado numa escola secundária em Parkland, no estado da Flórida. Até ao momento estão confirmadas 17 vítimas mortais e mais de 20 feridos. O autor do massacre é Nikolaus Cruz de 19 anos, jovem que tinha sido expulso da Marjory Stoneman Douglas High School, local escolhido para o tiroteio. O ex-aluno tinha um historial problemático e uma obsessão por armas de fogo, obsessão essa que transparecia nas redes sociais do atirador com a partilha constante de fotografias de armas.
Pouco mais se sabe sobre as razões que levaram a mais um massacre em solo americano, este que se junta já a dezenas de outros que aconteceram um pouco por todos os Estados Unidos da América só este ano. E mais uma vez, o massacre dá lugar a um interminável debate na sociedade americana, que se prende com o direito consagrado dos cidadãos pela Segunda Emenda da Constituição americana: o direito de possuir armas de fogo. O debate já é antigo mas torna-se no foco de atenção em situações como estas, sendo o Partido Republicano mais associado à defesa deste direito e o Partido Democrata mais crítico. Num debate mais amplo, a interpretação da Constituição, e mais concretamente a Segunda Emenda, também divide os juristas americanos: enquanto uns favorecem uma interpretação original do texto, outros encontram-se mais a favor de uma adaptação do texto constitucional aos tempos correntes.
Escrito por: Andriy Voyevoda
Editado por: Adriana Pedro