Decorreu no dia 1 de dezembro o sorteio da fase de grupos do Mundial 2018, a realizar na Rússia. A seleção portuguesa partiu para o sorteio no Pote 1, sendo por isso cabeça-de-série e evitando, à partida, as seleções melhor classificadas no ranking da FIFA.
A Portugal, calharam em sorte a vizinha Espanha, Marrocos e o Irão (treinado pelo português Carlos Queiroz).
A seleção das quinas ficou no Grupo B, onde irá defrontar a equipa teoricamente mais forte do Pote 2. A Espanha quer limpar a má imagem que deixou no último Mundial, onde foi eliminada na fase de grupos, e regressar à forma que apresentou entre 2008 e 2012, em que ganhou dois Europeus e um Mundial. Portugal, atual detentora do título de campeão europeu, terá aqui o adversário mais forte do grupo.
Irão e Marrocos têm uma tarefa ingrata neste grupo, sendo que são escassas as esperanças de apuramento. Portugal e Espanha assumem-se como claros favoritos ao apuramento para os oitavos-de-final, embora numa competição como esta nunca se possam encarar jogos como fáceis. O Irão de Carlos Queiroz (que orientou Portugal no Mundial 2010), apurou-se para a competição sem somar quaisquer derrotas e Marrocos eliminou seleções como a Costa do Marfim, não tendo sofrido golo nenhum no seu grupo de apuramento.
Cristiano Ronaldo e companhia terão nestas três seleções a companhia para a fase de grupos, fase da qual Portugal não passou no último Mundial. Fernando Santos terá assim a missão de guiar a seleção nacional, pelo menos, até aos oitavos-de-final.
Caso se apure, Portugal irá enfrentar uma seleção do grupo A, onde se encontra a anfitriã Rússia, que Portugal bateu na Taça das Confederações com um golo solitário de Ronaldo.
No grupo A, a Rússia terá a companhia do Uruguai de Cavani e Suárez, que apenas ficou atrás do Brasil na fase de qualificação. Estas duas seleções apresentam-se como as favoritas ao apuramento, mas o Egito e a Arábia Saudita tentarão dificultar-lhes a tarefa.
Relativamente a outros grupos, no grupo C, a França, que com a sua constelação de estrelas terá de ser uma candidata à vitória final, terá de enfrentar a Dinamarca, o Perú e a Austrália que, teoricamente lutarão pelo segundo lugar do grupo. Curiosamente, estas três seleções tiveram de marcar presença em play-offs de apuramento, sendo que o Perú está presente no seu primeiro final desde 1982.
O grupo D promete ser dos mais equilibrados. Lionel Messi lidera uma Argentina que se apurou apenas na última jornada de qualificação, sendo que no último Mundial foram foi finalista vencida. Messi quererá mais que da última vez, já que um título a nível de seleções é, basicamente, tudo o que falta conquistar pelo astro argentino. No entanto, missão não vai ser fácil. Islândia e Croácia (que vieram do mesmo grupo de apuramento), querem marcar presença nos oitavos-de-final. Os islandeses marcam presença na competição pela primeira vez e são a nação menos populosa de sempre a participar num Mundial. A quarta seleção do grupo é a Nigéria. É a quarta vez, nos últimos cinco Mundiais, que a Nigéria defronta a Argentina.
Um dos principais favoritos à conquista do título está no grupo E: o Brasil, comandado no banco por Tite, e no campo por Neymar, procura o seu sexto troféu de campeão Mundial, mas, para isso, terá de suplantar a Suíça, a Costa Rica (que vai procurar repetir a boa campanha de 2014) e a Sérvia, que regressa ao Mundial após ter falhado a presença no último.
Os detentores do título, e principais candidatos à vitória em 2018, têm um grupo teoricamente acessível. A Alemanha vai defrontar o México, a Suécia e a Coreia do Sul, num grupo em que não se avizinha que o gigante tombe. A Suécia, motivada depois de ter eliminado a Itália no play-off, irá disputar com o México a segunda vaga de apuramento, sendo que os sul-coreanos poderão tentar a surpresa no grupo F.
A outra seleção estreante na prova (juntamente com a Islândia), o Panamá, está no grupo H, mas não é de esperar grande sucesso, visto que defrontarão a Bélgica e a Inglaterra, duas seleções europeias que se apresentam fortes. Os belgas continuam à espera de confirmar a capacidade das suas estrelas numa grande competição, enquanto os ingleses se querem redimir das más participações que têm feito em Europeus e Mundiais. A quarta equipa deste grupo é a Tunísia, que não tem grandes expetativas de qualificação, tal como o Panamá.
Por fim, o último grupo (H), que é, provavelmente, o mais equilibrado em teoria, conta com quatro equipas de quatro continentes diferentes. Polónia, Senegal, Colômbia e Japão ambicionam todos um lugar nos oitavos-de-final, num grupo que promete estilos de jogo muito diferentes e incerteza até ao fim.
Antecipa-se um mês de “futebol espetáculo”, naquele que é o evento desportivo que mais fãs move em todo o mundo. Resta agora às seleções preparar a competição, disputando jogos amigáveis e esperando que nenhuma das suas estrelas se lesione com gravidade.
O Mundial tem início a 14 de junho com um embate entre a Rússia e a Arábia Saudita. Portugal entra em ação frente à Espanha logo no dia seguinte, a 15 de junho. A final será disputada um mês depois, a 15 de julho.
Escrito por: Pedro Chula
Editado por: André Blayer