“Europa” – À beira do descalabro?

A cada dia que passa, não deve haver um cidadão europeu que não tema pelo seu futuro, e os eventos que originam estas opiniões sucedem-se a todo o momento, surpreendendo tudo e todos e levando a que uma simples questão seja deixada no ar: estará o nosso continente a ser governado por um “bando de loucos”?

A onda de incompreensão começou a ser gerada pelo famoso “Brexit“, cujos resultados levaram à saída do Reino Unido (que era nada mais nada menos do que uma das maiores potências europeias) da União Europeia. De seguida, existiram mais alguns momentos turbulentos, tais como as eleições francesas, onde esteve sempre presente a possibilidade da França poder vir a ser governada por um partido de extrema direita, algo que, na Alemanha (apesar de não ter acontecido igualmente) teve um impacto tremendo, uma vez que a extrema direita se tornou na terceira força política do país. Para além disto, podemos também falar dos acontecimentos que marcaram o dia de ontem na Catalunha, com a proclamação da independência da região.

Com tantos factos preocupantes, há cada vez mais razões para temer uma nova queda do “velho continente”, que, como a história já relata, poderá levar anos, ou até mesmo décadas, a reerguer-se. Podíamos falar em inúmeros fatores que originaram estas situações, mas há apenas um que deve ser destacado: o descontentamento social.

Hitler, Mussolini… Estas são algumas das figuras mais marcantes da nossa história, que demonstram o poder que a mudança, por mais más influências que traga, tem sobre qualquer sociedade quando há uma agitação semelhante à que foi observada nesses anos e que, por mais que me custe a dizer, começa a aparecer nos dias de hoje.

A Europa representa um continente, mas são cada vez mais as razões para considerar que é apenas uma questão geográfica, pois já começam a surgir sinais de que a União que liga quase todos os países europeus e que, no seu conjunto, representa uma verdadeira potência mundial, está em risco de se desmoronar e criar uma crise, algo que já não era visto há algumas décadas.

Com tantos motivos de preocupação, resta a todos nós repensarmos mais uma vez a própria democracia. Não para acabarmos com ela, mas para que estas ideias prejudiciais a qualquer sociedade não sejam pensadas ou executadas mais nenhuma vez, pelo bem de todos nós, europeus.

Este artigo de opinião é da pura responsabilidade do autor, não representando as posições do desacordo ou dos seus afiliados.

Escrito por: Pedro Escórcio

Editado por: Daniela Carvalho

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