Após a recente tragédia que deixou Portugal de rastos e famílias em sofrimento, é com esperança que finalmente o governo aprova um mecanismo para indemnizar, com rapidez, as vítimas dos fogos.

Esta resolução foi anunciada por Francisca Van Dunem, após ter sido aprovada em reunião extraordinária do Conselho de Ministros, em São Bento, Lisboa.

Foi criada uma comissão que terá que definir os critérios de atribuição das indemnizações no prazo de 30 dias, sendo que as vítimas deverão fazer um pedido à Provedoria de Justiça, que de seguida atribuirá caso a caso as indemnizações. A ministra da Justiça já garantiu que há orçamento para estas despesas.

Com esta comissão, o governo assume assim a responsabilidade na morte de cerca de 108 pessoas, entre 17 junho e 15 de outubro.

Como autoridade máxima de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa considera esta decisão justa e rápida, destacando que a solução foi criada em acordo com os familiares das vítimas, nomeadamente dos incêndios de Pedrógão Grande.

“É muito importante que a primeira decisão do Conselho de Ministros tenha sido a de olhar para a situação decorrente das mortes neste período trágico que vivemos em Portugal. E a solução que foi encontrada parece-me uma solução justa”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.

Estas declarações vão também ao encontro da declaração que fez ao país na passada terça-feira e que conduziu à demissão da ministra da administração interna. Marcelo fez pressão publicamente para que haja uma aceleração das indemnizações.

As pessoas afectadas pelos fogos decidiram também criar uma associação de vítimas, em Oliveira do Hospital. Segundo a comissão instaladora da Associação de Vítimas do Maior Incêndio de Sempre em Portugal, em conjunto com a antiga empresa têxtil J.Guerra, instalação que foi destruída pelo fogo, irão unir esforços para que exista total apoio às vítimas.

Escrito por: Pedro Santos

Editado por: Daniela Carvalho