Chester Bennington: da droga, álcool e depressão ao sucesso

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Chester Bennington, vocalista da banda norte-americana Linkin Park, foi encontrado morto na passada quinta-feira, 21 de julho, na sua casa em Los Angeles. O cantor, de 41 anos, enfrentou graves problemas de dependência de álcool e drogas, assim como uma depressão, o que levou ao seu suicídio.

Bennington disse ao grupo Australiano News Corp, numa das suas últimas entrevistas, que gostava de ser transparente sobre as suas batalhas, na esperança de ajudar os outros, insistindo que estava numa boa fase mentalmente. Começou a escrever e a cantar para partilhar os sentimentos que o atormentavam, acabando por criar um estilo musical que se destacou dos demais, movendo milhares de fãs.

Nascido a 20 de março de 1976, em Phoenix, nos EUA, Chester Charles Bennington era o mais novo de quatro irmãos. A mãe era enfermeira e o pai detetive da polícia, que investigava crimes de pedofilia. Foi ao pai que Bennington contou que fora vítima de abuso sexual por parte de um amigo mais velho, dos 7 aos 13 anos.

Após o divórcio dos pais, quando tinha apenas 11 anos, ficou a viver com o pai. Nessa altura, começou a surgir o vício em vários tipos de droga, desde ópio a metanfetaminas, passando ainda por ácidos e crack. Aos 17 anos, mudou-se para casa da mãe, que o obrigou a mudar o estilo de vida. Anos depois de integrar os Linkin Park, começou a abusar do álcool, tendo garantindo, em 2011, estar “limpo”, pois não queria continuar a viver essa vida.

Só com o primeiro álbum, Hybrid Theory, os Linkin Park venderam 30 milhões de discos em todo o mundo. O disco conseguiu abranger um vasto público, pois tanto agradou ao público de música pesada como aos fãs de música pop e rock, atingindo o top da Billboard em poucos meses. Muitos dos seus fãs identificavam-se com os problemas cantados por Bennington, tornando a sua música um sucesso. O fenómeno Linkin Park atingiu o auge no fim dos anos 90 e no início dos 2000.

Após a sua ascensão mundial, Chester voltou a consumir as drogas que atormentaram a sua adolescência, tornando-se novamente um problema.

“Para mim, passei por muita m**** nos últimos anos. Eu odiei 2015. 2016 foi melhor, mas havia muita raiva e ressentimento da minha parte que eu tive que trabalhar. Tudo isto estava a acontecer enquanto fazíamos este álbum.”, disse Chester, após dar indícios de uma recaída, numa entrevista para o News Corp.

Chester Bennington e Chris Cornell, vocalista dos Soundgarden, eram grandes amigos. Bennington era padrinho dos filhos de Cornell e chegou a fazer uma homenagem no seu funeral, ao interpretar o tema Hallelujah, de Leonard Cohen.

Após a morte de Chris Cornell, Bennington escreveu uma carta aberta ao mesmo, na qual falava de como este havia sido uma inspiração para si.

“A tua voz era alegria e dor, fúria e perdão, amor e mágoa numa só. Não consigo imaginar um mundo sem ti e rezo para que encontres a paz na outra vida. Obrigado por me deixares ter feito parte da tua”, podia ler-se na carta.

 

A morte de Bennington aconteceu no dia 20 de julho, dia que o seu amigo Cornell celebraria 53 anos. Na próxima semana, os Linkin Park pretendiam iniciar uma digressão pelos EUA, para apresentar o novo álbum, no entanto, foi cancelada após a morte do artista.

A banda lançou a primeira música do álbum momentos antes da morte do artista ser anunciada:

Escrito por: Maria Janeiro

Editado por: Daniela Carvalho

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