Jay Moreira & Bandidos abriram a primeira noite do segundo fim-de-semana do Caparica Primavera Surf Fest. O festival, que une a música ao desporto – com atividades desportivas a decorrer durante toda a semana -, contou com três dias de concertos na semana passada, dias 6, 7 e 8 de abril. Esta semana contará ainda, para além de ontem, que esgotou, com concertos hoje e amanhã.
O dia de ontem foi o dia mais versátil do festival até agora. Pelo recinto, tanto se viram adolescentes com 15 anos, jovens com 20 ou adultos com 50. Ora a conversar, a comer uma bifana e a beber uma cerveja, ora dentro da tenda a assistir aos concertos, o público mostrou-se sempre bastante animado, num “vai-vem” entre o interior e o exterior da tenda.
Jay Moreira & Bandidos abriram a noite. “Caparica Primavera Surf Fest, estamos em festa?” perguntou Jay Moreira no início do concerto. “Acompanhem-nos”, acrescentou. O grupo, que se descreve como “Alternativo”, englobando rap, hip-hop, fusion, acústico e reggae, entrou em palco com a mesma energia com que saíu. Ao longo de músicas cantadas em crioulo, o cabo-verdiano Jay teve muitos momentos de interação com o público.
Com uma boa disposição que o público já esperava, Jay Moreira & Bandidos trouxeram até à tenda do festival da Caparica o crioulo – Jay chegou a referir até que o público ia aprender a falar crioulo no concerto – e muita energia.
Seguiu-se Freddy Locks. O artista, que começou a sua carreira na música numa banda de punk, trouxe o reggae até à Caparica. Já com casa composta e com uma plateia de pessoas que lá foram, claramente, para o ver, por saberem todas as músicas e as sentirem com a vontade “de quem veio para isto”, o artista português cantou e encantou. No meio de algumas músicas, foi dando conselhos ao público, como “deixem os telemóveis e convivam com os amigos”.
Depois do concerto de Freddy Locks, as pessoas que se encontravam no exterior da tenda deslocaram-se para dentro. A tenda começou a ficar ainda mais cheia e o espaço para circularmos era menor. Com uma grande ansiedade, assim que as luzes se apagaram para entrar Virgul, os gritos do público – e empurrões para estarem mais perto do palco – confirmaram que Virgul era o artista mais esperado da noite.
Virgul – em grande estilo – trouxe ao palco da Caparica um espetáculo. Mas não foi um espetáculo qualquer. Com a sua banda, trouxe também bailarinas que o acompanharam ao longo das músicas e deram início – sozinhas em palco – ao concerto do cantor. Entre êxitos como “I need this girl” e “Só eu sei”, Virgul apresentou também a sua música mais recente, “Rainha”. E a plateia acompanhou-o, mostrando saber a letra.
Fotografias de: Ricardo Marquês
Escrito por: Rita Rogado